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Pesquisa aponta que consumidor de farmácias prioriza preço

Os dados são da 4ª Pesquisa do Perfil de Compra dos Clientes das Farmácias, que aponta como um dos fatores decisivos para a escolha de uma farmácia o preço

Na noite de segunda-feira (01), o governo federal publicou uma edição extraordinária do Diário Oficial da União (DOU) a resolução que autoriza o reajuste de até 5,21% nos preços de medicamentos para 2020.

De acordo com a resolução o ajuste de preços de medicamentos é baseado em um modelo de teto de preços calculado com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), em um fator de produtividade, em uma parcela de fator de ajuste de preços relativos intrassetor e em uma parcela de fator de ajuste de preços relativos entre setores, nos termos da Resolução CMED nº 1, de 23 de fevereiro de 2015.

Assim, para o ano de 2020, o ajuste máximo de preços permitido será o seguinte:

  • Nível 1: 5,21% (medicamentos com maior concorrência)
  • Nível 2: 4,22% (medicamentos com concentração moderada); e
  • Nível 3: 3,23% (medicamentos cujo mercado tem pouca concorrência de genéricos).

Pesquisa sobre consumo em farmácias

O impacto será sentido pela população, sendo que uma pesquisa realizada IFEPEC com o Instituto de Economia da Unicamp apontou que a maioria dos consumidores de farmácias afirma priorizar os preços na hora de comprar um medicamento, mesmo sendo pequeno o número que realiza pesquisas em outras farmácias.

Os dados são da 4ª Pesquisa do Perfil de Compra dos Clientes das Farmácias, que aponta como um dos fatores decisivos para a escolha de uma farmácia o preço, 64,4% dos entrevistados apontaram esse ponto. Outro fator que se destaca nessa decisão é a localização (24,5%). Ou seja, fica claro que os clientes têm a expectativa de economizar ao entrar em uma farmácia.

“Por meio desse questionamento observamos que o impacto do aumento será sentido nas finanças dos brasileiros, mas eles não deixarão de consumir esses produtos, que são de necessidade básica”, analisa Tamascia.

Consumidor só pesquisa nas farmácias

Contudo, outro ponto de destaque é que a grande maioria não costuma pesquisar em outra farmácia, faram 86,7% que afirmaram que não costumam pesquisar em outra farmácia, 9,2% falou que não pesquisou na data da pesquisa presencialmente em outra farmácia, mas costumo pesquisar, e apenas 3,8%afirmaram ter pesquisado na data da pesquisa.

Além disso, também se observa que esse público em específico não costuma pesquisar preços de medicamentos por meio online (aplicativo ou site), apenas 0,3% afirmaram realizar esse tipo de avaliação.

“Por mais que possam parecer estranhos em um primeiro momento, esse dado mostra que a decisão de comprar vai muito da percepção do consumidor de que um lugar é barato. Um exemplo são estabelecimentos com cartão fidelidade e ofertas de produtos pontuais, outro ponto é a recomendação de terceiros. Ou seja, a precificação correta é uma arte que pode definir o sucesso do seu negócio”, afirma o presidente da Febrafar, Edison Tamascia.

Sobre a pesquisa

A Febrafar promoveu a 4ª Pesquisa do Perfil de Compra dos Clientes das Farmácias. As anteriores foram realizadas nos anos de 2016, 2018 e 2019. Toda ação foi coordenada pelo IFEPEC (Instituto Febrafar de Pesquisa e Educação Corporativa) em parceria com o NEIT (Núcleo de Economia Industrial e da Tecnologia, do Instituto de Economia da Unicamp).

Foram entrevistados 4 mil clientes, abordados nas ruas das capitais brasileiras, após efetuarem suas compras em farmácias selecionadas de acordo com os agrupamentos ao qual pertencem, segundo dados da IQVIA, isto é: Abrafarma, Outras Redes Corporativas, Febrafar, Outros Agrupamentos e Farmácias Independentes.

 


 

Foto: Shutterstock

Fonte: Febrafar

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