Pesquisa sobre hipotireoidismo mostra que ainda falta informação sobre a doença

O levantamento revelou que as principais dificuldades para o diagnóstico são o desconhecimento da doença e a demora para procurar ajuda médica

Em 25 de maio acontece o Dia Internacional da Tireoide. A data foi criada para conscientizar a população da importância do diagnóstico precoce e tratamento das doenças tireoidianas.

Essa glândula produz hormônios que são essenciais para o funcionamento do organismo em todas as etapas da vida. 

O hipotireoidismo é a doença mais frequente da tireoide. Ela, então, ocorre quando a glândula produz o hormônio tiroidiano em quantidades insuficientes.

Trata-se de uma enfermidade muito comum, que afeta de 8% a 12% dos brasileiros, principalmente mulheres e idosos1.

Pesquisa da Abbott sobre o hipotireoidismo 

Para ajudar as pessoas com hipotiroidismo a terem mais qualidade de vida e entender quais as principais barreiras para o tratamento, a Abbott, encomendou uma pesquisa nacional com 300 especialistas, entre eles, endocrinologistas, cardiologistas e ginecologistas.

A saber, o levantamento foi realizado entre 1 e 11 de fevereiro deste ano pela Inception.

O levantamento trouxe achados sobre o perfil dos pacientes e, principalmente, o desconhecimento dos sintomas e a demora para buscar ajuda médica.

A grande maioria é do sexo feminino (87%), com 40 anos em média.

Entre as principais comorbidades associadas ao hipotireoidismo, os especialistas apontaram a obesidade (84%), dislipidemia (74%), hipertensão (67%) e diabetes (61%).

Os sintomas mais comuns citados foram cansaço (89%), sonolência (82%), ganho de peso (82%) e queda de cabelo (72%).

No entanto, os profissionais de saúde alegaram que muitos dos pacientes (59%) são assintomáticos.

Apesar do endocrinologista ser o profissional mais indicado para o tratamento do hipotireoidismo, eles costumam receber pacientes de outras especialidades, principalmente de ginecologistas (89%) e cardiologistas (83%).

Dessa maneira, outro achado importante da pesquisa foi que os pacientes demoram cerca de 6 meses para buscar ajuda médica após o início dos sintomas.

Na percepção dos especialistas, isso se deve ao desconhecimento das pessoas sobre os sintomas da doença e pelo fato da maioria dos pacientes ser assintomática.

Já com a confirmação da doença, os médicos revelaram, então, que reforçam, então, sobre a importância de tomar o medicamento em jejum, principal dificuldade citada pelos pacientes para aderirem ao tratamento.

Referência:

1 – Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM). 2019. Disponível em: https://www.sbemsp.org.br/imprensa/releases/497-tireoide-seus-mitos-e-suas-verdades

Fonte: Abbott

Foto: Shutterstock

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