A Pfizer realizou hoje (29) uma coletiva de imprensa virtual para apresentar as atividades da ação Coletivo Pink – como parte da campanha Outubro Rosa -, e aproveitou a ocasião para mostrar os resultados da pesquisa Câncer de mama: o comportamento das mulheres em relação ao autocuidado, realizada pelo IBOPE Inteligência a pedido da farmacêutica.
Durante o estudo, foram entrevistadas 1400 mulheres, a partir de 20 anos, de São Paulo (Capital) e das regiões metropolitanas de Belém, Brasília, Porto Alegre, Recife e Rio de Janeiro.
A diretora médica da Pfizer Brasil, Dra. Marjori Dulcine, apresentou os principais dados do levantamento e alguns deles mostram como a pandemia afetou na rotina da mulher com a saúde.
O levantamento IBOPE/Pfizer concluiu que:
- As mulheres atrasaram consultas e exames para detecção do câncer de mama devido à pandemia;
- 72% delas vão ao médico uma vez ao ano (proporção que diminui em mulheres acima de 60 anos);
- 62% das mulheres esperam o fim da pandemia para retornar as consultas médicas e exames de rotina (percentual a partir dos 60 anos sobre para 73%);
- Uma em cada quatro mulheres não recebe orientação correta em relação ao câncer de mama, não sendo devidamente conduzidas pelos médicos em relação ao acompanhamento de rotina. De modo geral, o problema é maior nas faixas mais jovens, onde incidem 5% do total de casos de câncer de mama e a maior frequência de tumores agressivos;
- Mais de ¼ das mulheres com mais de 50 anos não recebem indicação médica para fazer mamografia e ultrassom;
- Mulheres admitem que se cuidam melhor quando conhecem alguém com câncer de mama. Afinal, para 66% delas, o medo de também terem a doença é o principal motivador.
A desinformação também foi outro ponto de atenção durante o levantamento IBOPE/Pfizer. Afinal, ainda é grande o número de mulheres acreditam que os fatores genéticos são os únicos que podem ser responsáveis pela doença e não valorizam outras causas.
Contudo, os fatores hereditários são responsáveis por apenas entre 5% e 10% dos casos. Os demais estão relacionados ao peso, sedentarismo, alta ingestão de bebidas alcoólicas, tabagismo, alimentação com grande ingestão de carnes processadas ou gravidez tardia, por exemplo.
Estatísticas alarmantes
O câncer de mama é o tumor predominante entre as mulheres, em todas as regiões do País – desconsiderando-se o câncer de pele não melanoma – e corresponde a 30% de todos os cânceres incidentes nessa população, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), do Ministério da Saúde. Ademais, o instituto estima que surgirão 198 mil casos novos da doença entre 2020 e 2022.
Dessa forma, durante a coletiva, a oncologista clínica do Hospital São Luiz – Rede D´Or e do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP), Dra. Maria Del Pilar Estevez Diz, mostrou outras estatísticas preocupantes em relação ao câncer metastático.
“O câncer é um crescimento descontrolado de células que adquirem características anormais, causadas por uma ou mais mutações no seu material genético. E a metástase ocorre quando as células cancerosas se desprendem do tumor primário e ingressam na corrente sanguínea ou no sistema linfático, circulando pelo organismo e até se estabelecerem em outro órgão. O câncer de mama pode se espalhar pelo cérebro, pulmão, fígado e ossos“, esclareceu a médica, salientando que pelo menos, 30% das mulheres com câncer de mama sofrem por metástases.
Pfizer organiza Coletivo Pink
O Coletivo Pink é resultado da união de algumas das principais associações de pacientes oncológicos do País com a Pfizer.
Criado em 2018, agregou ao movimento Outubro Rosa – voltado à conscientização sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama – um novo olhar e uma outra realidade: a das mulheres que já convivem com a doença, especialmente com o câncer metastático.
Dessa abordagem nasceu a utilização da cor Pink, mais forte que o rosa, para batizar o projeto. E também a implementação de iniciativas que, além de informar e conscientizar a sociedade sobre essa condição, propiciam acolhimento e dão voz a essas pacientes e seu universo.
Nesse sentido, a diretora de assuntos corporativos e comunicação da Pfizer, Cristiane Santos, contou, na coletiva que, neste ano, a ação contará com uma série de abordagens.
“Teremos a exposição de 25 esculturas em oito cidades do Brasil, muitas delas inspiradas na histórias das pacientes; a projeção de um vídeo na fachada da Fiesp e ao longo do mês de outubro no Shopping Cidade de São Paulo; TED x São Paulo com histórias inspiradoras em torno do câncer de mama; além do Sofá Pink, que será uma roda de conversas, workshops e debates com transmissão on-line para pacientes e familiares”, sintetizou.
A programação completa pode ser acompanhada pelo site:www.coletivopink.com.br, que entra no ar no dia 1o de outubro.
Fonte: Guia da Farmácia
Foto: divulgação
Câncer x coronavírus: cuidados com o paciente oncológico na pandemia