Pfizer se aproxima de acordo para combinar negócios de remédios sem patente

Negociações para fundir seu negócio de remédios sem patentes com a fabricante de medicamentos genéricos Mylan criaria um gigante vendedor global de medicamentos com preços mais baixos

A farmacêutica Pfizer está em negociações para fundir seu negócio de remédios sem patente com a fabricante de medicamentos genéricos Mylan. De acordo com pessoas familiarizadas com o assunto, esse acordo criaria um gigante vendedor global de remédios com preços mais baixos.

As empresas discutiram um acordo de ações em que os acionistas da Mylan teriam pouco mais de 40% da nova entidade e os acionistas da Pfizer o restante, disse uma das fontes que não quis se identificar. Além disso, a Pfizer receberia cerca de US$ 12 bilhões em receitas de uma nova venda de dívida, disse a fonte.

O valor de mercado da Mylan atualmente é de pouco menos de US$ 10 bilhões. Tanto a Pfizer quanto a Mylan, que é incorporada na Holanda, mas operam a partir de Pittsburgh, na Rússia, vêm buscando formas de reforçar seus negócios em desaceleração. A nova empresa teria sede nos EUA.

Todavia, o acordo uniria duas empresas cujas vendas diminuíram desde que os ex-grandes vendedores perderam a proteção de patentes e começaram a enfrentar concorrência mais barata. Para a Pfizer, estas incluem as pílulas de colesterol Lipitor e o medicamento de impotência masculina, o Viagra. As empresas estão apostando que combiná-lo com a Mylan, conhecida pela injeção de emergência contra alergia, o EpiPen, proporcionará um caminho para o crescimento das vendas.

O executivo Michael Goettler, que administra o negócio de medicamentos sem patente da Pfizer, se tornaria executivo-chefe da empresa combinada se o acordo fosse concluído. Além disso, o presidente da Mylan, Robert Coury, seria o presidente-executivo, disseram as fontes.

Consolidação em especulação

Autoridades do setor especulam que a consolidação proporcionaria uma fuga. Isto porque permitiria que as empresas cortem custos e mudem para produtos de crescimento mais rápido, como cópias de medicamentos biotecnológicos. Por fim, permite que as empresas construam formas para enfrentar os grandes compradores.

No ano passado, a indiana Aurobindo Pharma concordou em comprar partes do negócio de medicamentos genéricos da Novartis em um negócio de até US$ 1 bilhão.

Atualmente, a empresa sediada em Nova York está combinando seus negócios de saúde do consumidor com a GlaxoSmithKline PLC em uma joint venture. Essa joint venture, eventualmente será desmembrada. No mês passado, ela concordou em comprar a fabricante de remédios contra o câncer Array BioPharma Inc. por US$ 10,6 bilhões.

Foto: Shutterstock
Fonte: Estado de S. Paulo

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