Uma pessoa que tomou apenas uma dose da vacina contra a Covid-19 não está protegida e precisa seguir com os cuidados básicos de prevenção (uso de máscara, distanciamento social, lavagem de mãos…).
Portanto, enquanto a circulação do coronavírus estiver em alta e não tivermos uma grande parcela da população vacinada, a tendência é que as medidas de restrição e controle continuem primordiais.
Impossibilidade científica
Outro medo que voltou a aparecer nos últimos dias foi a possibilidade de a própria vacina causar a Covid-19.
Mas isso é absolutamente impossível, garante a médica e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Isabella Ballalai.
Esse, aliás, é um mito recorrente, que aparece todos os anos durante as campanhas contra o vírus Influenza.
A explicação mais uma vez está no tempo necessário para ficar protegido:
Enquanto o sistema imune não finaliza a produção de anticorpos, o risco de se infectar com o Influenza (ou o coronavírus, no exemplo atual) é alto.
Tecnologias das vacinas
A CoronaVac é feita a partir de vírus inativado, um modelo usado na ciência há muitas décadas.
Os coronavírus presentes nas ampolas passam por um processo com substâncias químicas e mudanças de temperatura que o inativam.
E assim, acabam com qualquer possibilidade de ele invadir as células e começar a se replicar dentro do nosso corpo.
Já a CoviShield aposta na tecnologia do vetor viral não-replicante.
Os cientistas pegaram um adenovírus (um outro tipo de vírus que não faz nenhum mal à nossa saúde) e colocaram dentro dele informações genéticas do coronavírus responsável pela pandemia atual para suscitar uma resposta imune.
“O indivíduo pode ter febre, mal-estar, um pouco de dor…”, exemplifica Ballalai.
Se os incômodos não forem embora após alguns dias ou fiquem ainda mais intensos, é importante buscar uma orientação médica.
Isso porque esses sintomas podem até ser causados pelos imunizantes, mas eles também são característicos da própria Covid-19.
“Nunca ignore ou desvalorize sinais persistentes, pensando que eles são apenas uma reação à vacina. Se for o caso, procure um especialista para uma avaliação individualizada”, orienta a médica.
Fonte: G1
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