Pós-NRF: insights do Ibevar sobre o principal evento de varejo do mundo

Valorização dos dados e transformação das lojas físicas estiveram entre os temas do debate

O Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo & Mercado de Consumo (Ibevar) promoveu, hoje, em São Paulo, o evento Pós-NRF 360º Graus. O encontro teve a ideia de apresentar os principais insights do Retail’s Big Show – NRF 2019, considerado o maior evento de varejo do mundo e que foi realizado entre 13 e 15 de janeiro, em Nova Iorque. Acompanhe, a seguir, as tendências identificadas pela diretora executiva do Ibevar, Patrícia Cotti:

1. Experiência digital

Percebeu-se, durante o evento, que os paradigmas sobre a experiência do consumidor têm mudado ao longo dos últimos anos. Desde 2005, por exemplo, Patrícia relembra ser comum relacionar a loja física com experiência e o e-commerce com conveniência. Entretanto, com o passar dos anos, as lojas físicas, em muitos casos, têm servido apenas de ponto de entrega para o e-commerce e os esforços estão em melhorar a experiência digital. Mas ao passo que as lojas físicas se tornam pontos de distribuição, todo o trabalho de redução de estoque, defendido por aqui, cai por terra, dando lugar a novos conceitos.

2. Omnichannel

No evento Pós-NRF do Ibevar, Patrícia trouxe algumas reflexões sobre o omnichannel, conceito que defende a integração entre os mundos físico e virtual. Entretanto, a integração, no caso das empresas já existentes, pode ser tão traumática que, muitas vezes, conforme comenta a especialista, seria mais fácil criar uma terceira empresa, uma nova marca, considerando esse conceito.

3. Importância dos dados

O uso de dados é o futuro, segundo comentou Patrícia. Afinal, só com o conhecimento sobre o shopper, identificando suas preferências, é possível melhorar a experiência de compra e agregando valor real ao processo de venda. Além disso, o consumidor quer, hoje, saber a origem dos produtos que consome, procedência, ingredientes, e tudo isso está relacionado com uma boa análise de dados. A inteligência dos dados também já é valorizada nos negócios. Algumas lojas têm usado, inclusive, dados sobre os produtos mais procurados no e-commerce para colocá-los em evidência nas gôndolas das lojas físicas, praticamente em tempo real.

4. Valorização dos colaboradores

Valorizar somente os clientes não é o suficiente para se ter sucesso. Segundo Patrícia comentou no evento Pós-NRF, a valorização dos colaboradores das empresas também foi um tema bastante abordado durante o Retail’s Big Show. Especialistas defendem que só quando os funcionários se sentem reconhecidos o sucesso possível. Diversas empresas têm investido pela qualificação do time e para que estejam cada vez mais envolvidos com os negócios da empresa. Há, ainda, movimentos para valorizar as pessoas por trás da marca, e não apenas os produtos.

5. Market places

Patrícia comentou o sucesso e advento dos market places, que tem se consagrado por alguns modelos pelo mundo, marcado por grandes empresas. O do Alibaba (conhecido no Brasil por AliExpress) se apresenta como plataforma de dados para fazer negócios; a JD.com, plataforma chinesa, se destaca pela entrega rápida; e a Amazon, que se define como varejista, e tem os market places como espécies de correntes dentro da sua plataforma. Aqui no Brasil, conforme analisou a especialista do Ibevar, os market places ainda são muito vistos como forma de oferecer uma solução completa para o cliente, com um maior mix de produtos, e ainda se espera para ver qual o caminho esse segmento deve tomar por aqui.

6. Fortalecimento do mobile

Comprar pelo aplicativo dentro da loja física, e receber as compras em casa, em pouco tempo, já é realidade em alguns varejos pelo mundo. Muitas lojas, inclusive, já não aceitam mais o dinheiro como forma de pagamento.

Fonte: Guia da Farmácia

Foto: divulgação NRF 2019

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