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Pressão arterial: cinco erros de atendimento na farmácia

Na hora do atendimento, o farmacêutico deve explicar o objetivo do serviço e estudar a necessidade de revisão do medicamento prescrito. Acompanhe mais dicas

O cliente chega na farmácia sentindo-se mal e pede para verificar a pressão arterial.

O que o farmacêutico deve fazer? O coordenador de assistência farmacêutica avançada da Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), Cassyano Correr, elenca cinco erros comuns ao receber o paciente no balcão da farmácia.

Vamos conferir?  

1. Não receber o paciente na sala de serviços farmacêuticos e sentado

Explique rapidamente os objetivos do serviço e o que será feito. Ressalte que será preciso esperar de cinco a dez minutos antes de verificar a PA, a fim de obter um resultado confiável.

Enquanto isso, colete alguns dados importantes para a avaliação, que depois serão entregues ao próprio paciente no laudo e na declaração de serviço farmacêutico.

2. Deixar de lado a coleta de dados básicos

Os dados básicos são nome completo, sexo e uma forma de contato, seja endereço residencial, telefone e/ou e-mail.

Pergunte então sobre peso e altura, calcule o índice de massa corporal do paciente.

No entanto, lembre-se que a idade (homem > 55 e mulheres > 65 anos) é considerada um fator de risco adicional.

3. Não questionar sobre histórico de eventos cardiovasculares

É preciso saber se há uma quantidade de fatores que caracterizam o paciente como risco alto ou muito alto.

Já que não basta confirmar se o paciente tem hipertensão e se utiliza medicamentos prescritos.

O farmacêutico deve detectar outras possíveis doenças, por meio de questionamentos sobre condições de saúde do cliente.

4. Não perguntar sobre hábitos de vida

Considerando que esta é uma avaliação breve, foque na prática de atividade física, no consumo de bebidas alcoólicas e em restrições alimentares.

Todavia, em relação ao consumo de medicamentos, analise a capacidade do paciente de gerir seu tratamento e eventuais dificuldades de adesão.

Observe que classes de medicamentos são utilizadas, se as associações são usuais e se são remédios da primeira ou segunda linha do tratamento.

As respostas, no entanto, não irão influenciar a estimativa do risco cardiovascular global do paciente, mas serão úteis para conduzir a orientação do farmacêutico e estudar a necessidade de revisão do medicamento prescrito.

5. Negligenciar os sinais de alerta

Atenção para resultados de PA que indicam crise hipertensiva (PAD >120 mmHg), principalmente na presença de sintomas.

Outros sinais de alerta incluem dor no peito de início recente, e dores de cabeça associadas a alterações na fala ou parestesias.

Nessas situações, conclua então, o atendimento.

E oriente o paciente sobre a necessidade de avaliação médica imediata, em pronto-atendimento, e forneça também uma declaração com resultados da PA e/ou sintomas, juntamente com pedido de atendimento médico. Assine, carimbe.

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Fonte: Assistência Farmacêutica Avançada

Foto: Shutterstock

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