
A chegada das estações mais quentes costuma ser sinônimo de dias mais longos, maior convivência ao ar livre e férias escolares. Mas, junto com os benefícios da primavera verão, cresce também a incidência de alergias respiratórias e cutâneas.
De acordo com a otorrinolaringologista Dra. Roberta Pilla, da ABORL-CCF (Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial), os quadros de rinite, sinusite e até otite externa são bastante comuns nesse período.
“Muitas pessoas apresentam rinites vasomotoras relacionadas ao uso do ar-condicionado, que resseca a mucosa nasal e desencadeia sintomas semelhantes aos da rinite alérgica clássica. Quando os filtros não são higienizados, o acúmulo de poeira, fungos e ácaros aumenta ainda mais o risco de crises de rinite e sinusite”, explica a médica.
Outro problema típico do verão é a otite externa, conhecida como “otite do nadador”. O quadro é provocado pela umidade persistente no ouvido após banhos de piscina ou mar.
Segundo a especialista, alguns sinais não devem ser ignorados. “É fundamental procurar ajuda imediata diante de falta de ar, chiado no peito, inchaço em lábios, língua ou pálpebras, lesões de pele extensas ou acompanhadas de febre. Esses sintomas podem indicar uma reação alérgica grave, como a anafilaxia, que exige intervenção rápida”, alerta.
Apesar do aumento das crises, é possível adotar hábitos simples que reduzem os riscos:
- Higienização nasal com soro fisiológico;
- Limpeza regular dos filtros de ar-condicionado;
- Manter os ambientes ventilados, reduzindo acúmulo de poeira e fungos;
- Observar gatilhos de alergia em crianças, como espirros em ambientes externos ou vermelhidão após contato com determinados produtos.
Além disso, para pessoas com pele sensível, a recomendação é optar por protetores solares hipoalergênicos e sem fragrância, repelentes adequados para cada faixa etária e roupas de tecidos naturais, como o algodão. Chapéus e óculos de sol também são aliados na proteção sem necessidade de excesso de produtos químicos.
Fonte: Dra. Roberta Pilla, otorrinolaringologista
Foto: Shutterstock
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