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Principais erros financeiros cometidos pelas farmácias

A farmacêutica especializada em Gestão de Farmácia e Gestão Estratégia, e sócia da Gestão Farma Consultoria, Erica Schinetz, cita as principais dicas para evitar possíveis erros financeiros na loja

Sabemos que uma gestão financeira eficaz para toda e qualquer empresa que vende serviços ou produtos é fundamental. Porém, quando se trata de varejo, nem sempre essa premissa é levada a risca como deveria.

Com intuito de alertar quem ainda não se atentou a esse grave problema, segue nesse material os principais erros cometidos pelo varejo farma independente.

  1. Não medir o nível de recebimento de recurso financeiro. Toda empresa deve medir o valor exato dos recebimentos realizados pela farmácia durante o mês. Isso fara com que no fechamento final mensal, identificar se o valor recebido de recursos (recurso entendemos como dinheiro de caixa, recebimentos de cartões em conta corrente, recebimentos de convênio, Farmácia Popular,  etc). Porém, esse é um dos principais erros que as farmácias cometem, deixando de analisar se o recebimento ocorrido está compatível com a venda realizada.
  2. Não ter um plano de contas eficaz. Quando se fala em Plano de Contas, sabe-se que cada empresa tem (ou deveria ter) o seu, com suas características principais. Quando digo deveria, é porque nem sempre ocorre dessa forma. É extremamente normal as farmácias não terem um Plano de contas que pelo menos divida em Despesas Fixas, Despesas Variáveis, Impostos, Fornecedores e Investimentos, ocorrendo lançamentos equivocados, dando assim informações irreais como aumento nas despesas, no pagamento a fornecedores, dentre outras que nem sempre ocorrem.
  3. Não medir o nível de endividamento com fornecedores. É muito normal no varejo farma nos depararmos com farmácias alongando prazos com fornecedores sem ao menos entender o que pode ocasionar com seu fluxo de caixa. Na falta de capital de giro muitas farmácias ocorrem a esse “crédito”, porém, sem ao menos entender qual o motivo que está levando a essa ação. É o que falamos em tratar efeito e não a causa do problema. Alongar prazo sem entender o porquê da falta de capital de giro pode ser ineficaz e trazer maiores perdas financeiras para a farmácia.
  4. Não ter um fluxo de caixa formalizado. Quando se fala em Fluxo de Caixa nada mais é do que ter o controle de todas entradas de Receitas e todos os pagamentos realizados pela farmácia em um determinado período. Essa ação, que na maioria das farmácias não é feito, é extremamente importante para se ter realmente o valor correto de sobra (ou não) de dinheiro no período analisado. Caso exista a sobra, ou seja, feche positivo é importante para entender o resultado efetivo de caixa, caso feche negativo também é importante pois caso aconteça com frequência é preciso analisar se os pagamentos estão fora da capacidade de pagamento da farmácia.
  5. Não ter um controle separando as despesas das farmácias com as despesas pessoais. Principalmente nas farmácias de pequeno e médio porte esse ainda é um cenário muito comum de se presenciar. A falta de controle de retirada financeira pessoal, acaba por afetar a análise dos resultados financeiros da farmácia. A partir do momento que não se separa o que é empresa e o que é particular, várias informações ficarão distorcidas, podendo nos dar a falsa impressão de que a farmácia não é lucrativa e a tomada de decisão com certeza será feita de forma equivocada. Algumas dessas decisões são o corte de funcionários, o não pagamentos de impostos, diminuição dos descontos fornecidos aos clientes, diminuição da premiação paga a equipe de vendas, dentre outros que farão com que o resultado piore a cada dia.
  6. Não ter uma rotina de controle e lançamentos das informações. Sem um controle efetivo e uma rotina diária de lançamentos de todas as informações financeiras fica praticamente impossível tomar decisões assertivas. Isso ocorre com grande frequência na maioria das farmácias, sempre com a “desculpa” de que não há tempo para “encaixar” essa rotina do processo de trabalho diário. Não tendo um rotina de lançamentos sempre irá trabalhar com falta de informações para a maioria das análises que poderão ser feitas durante o mês.

Problemas no varejo: trate a causa e não o efeito 

Fonte e foto: Farmacêutica especializada em Gestão de Farmácia e Gestão Estratégia e sócia da Gestão Farma Consultoria, Erica Schinetz, com exclusividade para o Guia da Farmácia.

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