A pandemia COVID-19, no Brasil, começou no início de 2020, quando ainda não se tinha muita informação a respeito do coronavírus SARS-CoV-2, o que gerou uma grande preocupação a todos os brasileiros e à população mundial, onde esse vírus se expandiu de maneira vertiginosa. Entretanto, algumas orientações de protocolo de segurança para a contenção da transmissão, envolviam o lockdown, o que gerou suspensão de inúmeras atividades e serviços em todo o mundo. Houve uma necessidade urgente de readequação mundial no fornecimento de serviços e produtos.
Uma das soluções para a situação foi a intensificação na diversificação de produtos e serviços com a disponibilização de ferramentas de aquisição como o e-commerce e delivery, que tiveram um crescimento exponencial no fornecimento dos itens de necessidade. Desde o início da pandemia, passamos por diferentes fases em função do conhecimento científico que era compartilhado intensamente, com as novas descobertas dos estudos realizados mundialmente. Particularmente, logo no início, com a informação de que pessoas idosas, portadoras de comorbidades como diabetes, obesidade e hipertensão eram as mais suscetíveis, gerou uma busca maior por e-commerce e delivery.
Além disso, desde o início da pandemia COVID-19, como protocolo de segurança, envolvia o uso de máscaras, utilização de álcool-gel a 70% ou álcool a 70%, e outros produtos como antissépticos e, também, como desinfetantes dependendo do local onde eram aplicados, sabonetes, outras medidas que estavam vinculadas à necessidade de desinfeção e higienização, aumentou a procura por esses produtos.
Vendas das categorias
Portanto, essas categorias foram intensamente adquiridas, gerando, inclusive, desabastecimento no mercado, até o momento em que o mercado se normalizou no abastecimento. Deve ser salientado que, os produtos mais adquiridos pelo e-commerce e delivery tiveram muitas flutuações em relação ao tipo de produto considerando as diferentes fases de controle estabelecidas pelos diferentes municípios e estados do País, diante do cenário heterogêneo vivenciado em diferentes localidades com as variantes, inclusive, com a introdução concomitante do vírus influenza A H3N2.
Algumas pesquisas de mercado que foram publicadas, em geral, não trazem dados específicos dos itens comercializados por e-commerce ou delivery, mas trazem totalizados, de modo geral, na loja física, e-commerce e delivery conjuntamente, onde salientam a maior busca em 2021 por medicamentos antidepressivos, medicamentos analgésicos e medicamentos para o sistema digestivo. Outros tutoriais avaliaram o cenário geral de itens comercializados na internet e verificaram que, também, produtos de higiene e cosméticos foram muito procurados.
Segundo a Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias – Abrafarma (houve um aumento nas operações de delivery e e-commerce no Brasil, o que resultou em um aumento de 56,8%). Saliente-se também que em janeiro de 2022, houve um aumento das compras online de inaladores e nebulizadores considerando a estação do ano e a entrada da gripe do vírus influenza A H3N2. Portanto, a quantidade e os tipos itens adquiridos por e-commerce ou delivery são diversificados dependendo das características e necessidades em saúde do momento vivido.
Fonte: Farmacêutica responsável pela Farmácia Universitária da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP, Maria Aparecida Nicoletti
Fotos: Shutterstock e Divulgação
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