Quase metade das pessoas com asma não usa remédios

O Ministério da Saúde oferece tratamento gratuito para asma por meio do Farmácia Popular, mas quase metade das pessoas com a doença não usa os remédios

Dificuldade para respirar, tosse seca, respiração rápida e curta, chiado e dor no peito são os principais sintomas que caracterizam uma crise de asma. A doença é crônica e afeta as vias respiratórias e os pulmões. A asma não tem cura e, se não tratada, pode levar à morte.

A asma é uma das doenças respiratórias mais comuns, e, segundo a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), estima-se que no Brasil existam aproximadamente 20 milhões de asmáticos, sendo que 20% dos casos são considerados graves.

Remédios para asma

O Ministério da Saúde disponibiliza desde 2011 medicamentos gratuitos para o tratamento da doença por meio do Farmácia Popular. Contudo, 47% das pessoas diagnosticadas com asma não utilizam a medicação de forma regular. Além disso, 73% delas não seguem todas as orientações médicas para o controle da enfermidade. Isso pode agravar o problema, conforme dados da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai).

De acordo com a pneumologista, Angela Pedrosa, muitas vezes, por falta de informação ou até negação da gravidade da doença, os pacientes deixam de fazer o tratamento preventivo das crises. “Temos uma população grande de asmáticos. Muitas vezes as pessoas não são diagnosticados porque têm asma leve. Assim, usam remédios só na crise e não dão tanto valor aos sintomas. Se a pessoa só usa remédio na crise, ela não está fazendo um tratamento preventivo. Então, quando entrar em crise, pode ser mais grave”, alerta.

Além disso, Angela afirma que o diagnóstico da asma é clínico, ou seja, é feito por meio da identificação dos sintomas. Porém, caso seja necessário, o médico pode pedir um exame chamado prova de função pulmonar. Esse exame auxilia a detectar alteração do fluxo de ar dos pulmões. “Após o diagnóstico, o tratamento da asma é contínuo. Isso acontece porque a asma é uma doença que não tem cura, mas tem excelente controle com medicamentos”, complementa a pneumologista.

Foto: Shutterstock
Fonte: O Tempo

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