O presidente da rede conversou com exclusividade com o Portal Guia da Farmácia sobre os planos da rede para o ano
A rede Inova Drogarias, que já conta com 549 lojas licenciadas, concentradas na região sudeste do País, planeja seguir expandindo em 2020. “Temos previsão de seguir expandindo este ano, já tendo iniciado um projeto interno de adequação de processos para isso. Iniciaremos, provavelmente, no segundo semestre e vamos agir com foco no Nordeste. Temos interesse em outras regiões do Brasil já que nossa meta é ser uma Rede com presença Nacional e ainda temos um número muito grande de lojas sem bandeira (cerca de 60 mil) no País”, pontuou o presidente da Rede Inova Drogarias, Alan Fernandes.
O presidente da Inova Drogarias conta que muitas das lojas licenciadas da rede já disponibilizavam o serviço de delivery antes da pandemia do novo coronavírus como uma estratégia de negócio. “Como as decisões de gestão são de nossos licenciados temos apoiado o foco na implantação e melhoria desse serviço, onde já era costume. Somos capazes de mapear a zona de influência da loja e focar no esforço de busca por clientes nessa modalidade. Também conseguimos mapear onde as lojas que utilizam nossas ferramentas têm os clientes foco, bem como o comportamento de compra e o tempo médio de deslocamento para que ações simples sejam rotineiras nas lojas. Estamos conseguindo gerar mais venda e comodidade aos clientes finais de muitas lojas licenciadas. O foco da operação tem sido o grande diferencial nas lojas que se destacam no delivery”, pontuou o executivo.
Além disso, outras foram as mudanças trazidas pela Covid-19. “Os espaços de circulação das lojas, em sua grande maioria, tiveram que ser modificados para prevenir a infecção; houveram também mudanças de gerenciamento da exposição, onde foi necessário que a jornada do cliente fosse melhorada, assim, dando acesso aos produtos de maior procura em tempo mais rápido, ajudando na fluidez do atendimento”, destacou Fernandes.
Mudança no comportamento do consumidor da Inova Drogarias
Segundo ele, o cliente está ficando menos tempo nas lojas, por diversas razões, mudando o foco da compra e os itens que poderiam ser vendidos por conveniência. “Também percebemos que a existência de barreiras, entre o balcão e o cliente, ainda maiores que os móveis costumeiros, indicam ao cliente a brevidade da interação. Por isso, estamos recomendando a todos os nossos licenciados que atendam aos seus clientes buscando validar com ele todas as informações prestadas”, ressaltou Fernandes.
O executivo da rede Inova Drogarias também falou sobre o crescimento das farmácias clínicas no País. “Com base no que estamos vivendo com a pandemia, acredito que o serviço clínico em farmácia, no Brasil, ainda é um serviço que não é reconhecido e procurado espontaneamente pelos clientes. O varejo farma tem como base de sua receita as vendas. Tenho visto várias iniciativas para a implementação do serviço farmacêutico, como serviço remunerado e, exemplos recentes (como os testes da Covid-19 e vacinas) demonstram que a população ainda não tem a farmácia como destino para esse tipo de atividade. Óbvio que ainda temos um número pequeno de farmácias oferecendo esse tipo de serviço e a oferta, acredito, seja fruto de uma baixa demanda, devido ao preço ou ainda por barreira regulamentares (espaço por exemplo, protocolos e etc…). Já realizamos, desde sempre, o serviço aos clientes de nossas lojas licenciadas quando, em cada dispensação, entregamos informação, aconselhamento e, rotineiramente verificamos a pressão arterial, aplicação de injetáveis, dosagem de glicemia, entre outros serviços. Somos, de fato, a porta de entrada para o serviço de saúde. Contudo, não aposto na evolução, em curto prazo, do serviço clínico farmacêutico como sendo algo essencial a nossa atividade. Temos alguns licenciados cursando formação específica, mas ainda é uma pequena porção”, contou Fernandes.
Digitalização da jornada de compra
Fernandes afirmou que diante do consumidor cada vez mais digital, trabalha em opções para atender as novas demandas do mercado. “Já temos a venda remota presente em todo o Brasil, mas os desafios para implementar o e-commerce ainda são grandes. Acredito que o nosso modelo de negócios tem muitas vantagens para implementar o e-commerce, como por exemplo, a nossa pulverização, gerando, assim, um menor tempo de entrega. Vemos aí uma oportunidade, porém, ainda temos muito o que fazer para chegarmos no “padrão ouro de gestão” e com isso termos um desempenho importante nesse canal. A pandemia ajudou a viver a incerteza e repensar o que pode ser o novo caminho. O digital está ficando mais acessível (as tecnologias estão sendo mais disseminadas), porém o custo de algo operacional ainda é alto. Estamos analisando algumas propostas, porém sem um prazo ainda definido para a implantação de um modelo eficiente de e-commerce”, explicou o executivo.
De acordo com o empresário, a rede Inova Drogarias vem atuando no desconfinamento dos Medicamentos Isentos de Prescrição (MIPs). Assim, facilitando o acesso dos clientes a esses produtos. “O resultado é que os clientes ficam mais tranquilos para explorar produtos de prevenção ou de tratamento de sintomas leves”, concluiu.
A rede realizou mudanças nas lojas para evitar a contaminação dos seus colaboradores pela Covid-19. “Os espaços de circulação das lojas, em sua grande maioria, tiveram que ser modificados para prevenir a infecção; houveram também mudanças de gerenciamento da exposição, onde foi necessário que a jornada do cliente fosse melhorada, assim, dando acesso aos produtos de maior procura em tempo mais rápido, ajudando na fluidez do atendimento”, destacou Fernandes.
Fonte: Guia da Farmácia
Foto: Rede Inova Drogarias
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