Solução criada na nuvem possibilita a profissionais de saúde o acesso a registros de imunização em tempo real e também o monitoramento do inventário e a administração das vacinas certas para o paciente certo
Graças à apreensão de 3 mil seringas contendo água salgada, a polícia chinesa desmantelou uma rede que pretendia vender vacinas falsas contra a Covid-19 no Exterior.
No Brasil, a Polícia Civil investiga a mesma prática em sites e redes sociais.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) chegou a emitir uma nota oficial para alertar a população.
Mas não teve a mesma agilidade para viabilizar uma medida fundamental para evitar esses riscos.
A rastreabilidade de medicamentos está prevista na Lei Federal nº 11.903 referente ao Sistema Nacional de Controle de Medicamentos (SNCM).
No entanto, depende da publicação de uma Instrução Normativa (IN).
A previsão inicial era que a IN estivesse definida até dezembro de 2020, mas a Anvisa já adiou por três vezes a decisão.
Esse modelo permitiria o monitoramento de remédios e vacinas de ponta a ponta, desde a saída do fabricante até a chegada à farmácia, hospital ou posto de vacinação.
A legislação não contempla vacinas pois as mesmas são compradas e distribuídas pelo governo no Programa Nacional de Imunizações (PNI), um dos melhores do mundo.
“Entretanto as disrupções da pandemia justificariam a inclusão de vacinas no SNCM. Mas para isso, indústrias farmacêuticas, redes hospitalares e clínicas deveriam estar 100% preparadas para auxiliar na distribuição de imunizantes para o paciente certo, no momento certo. Sem a conclusão do assunto, isso infelizmente não será possível”, aponta o diretor de operações da rfxcel, especialista em projetos de rastreabilidade de medicamentos, Vinicius Bagnarolli.
Novas tecnologias de rastreabilidade anti-fraudes para vacinas
A rfxcel, inclusive, desenvolveu em sua matriz nos Estados Unidos uma solução na nuvem que possibilita a profissionais de saúde o acesso a registros de imunização em tempo real.
A ferramenta também permite o monitoramento do inventário e a administração das vacinas certas para o paciente certo.
“Por ser uma ferramenta automatizada, os usuários podem manipulá-la praticamente sem nenhum treinamento, o que garante uma implementação rápida em ambientes críticos como as unidades de emergência”.
O sistema acompanha a localidade, temperatura, umidade e atritos dos insumos e medicamentos à medida que eles se movem pelas cadeias de abastecimento em terra, mar e ar.
Pode, inclusive, alertar desvios de rota e assegurar que os fornecedores logísticos cumpram os prazos de entrega.
“A pandemia revelou deficiências em todas as cadeias de suprimentos e a corrida pela vacina aumentou a pressão sobre essa operação, o que exige avançarmos mais rapidamente em projetos como o da rastreabilidade”, observa.
Quatro soluções para otimizar a cadeia de suprimentos
Fonte: rfxcel
Foto: Shutterstock