Reajuste no preço de medicamentos para 2019 está definido em 4.33%

Percentual é estabelecido de forma linear e abrange cerca de 13 mil produtos

O valor do reajuste de preços de medicamentos de 2019 ficará em 4,33%, segundo publicação da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) no Diário Oficial da União.

O índice que ficou acima da inflação de 2018, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), fechou o ano em 3,75%. De acordo com o Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos (Sindusfarma), em 2018, a inflação de medicamentos foi de 1,63%, ficando bem abaixo do IPCA geral de 3,75%, isso porque, segundo a entidade, a indústria farmacêutica manteve preços e não repassou o reajuste integral autorizado pelo governo que foi de 2,43% na média ponderada, em razão da forte concorrência entre as empresas do setor. Ainda segundo o Sindusfarma, o reajuste anunciado pela CMED é linear, ou seja, válido para todos os produtos.

O reajuste anual de preços fixado pelo governo pode ser aplicado, em cerca de, 13 mil apresentações de medicamentos que estão disponíveis no varejo nacional. Porém, apesar de já estar em vigor, o reajuste não acarreta aumentos automáticos no varejo. “Dependendo da reposição de estoques e das estratégias comerciais dos estabelecimentos, aumentos de preço podem demorar meses ou nem acontecer”, comenta o presidente executivo do Sindusfarma, Nelson Mussolini.


Vale destacar que o reajuste é calculado a partir de indicadores como a inflação, as oscilações cambiais e o preço da energia elétrica. “Os reajustes são autorizados anualmente, em abril. Embora os preços tenham um teto, eles podem variar nos pontos de venda por conta dos descontos aplicados pela indústria farmacêutica e demais elos da cadeia produtiva. Como todos os anos, o reajuste deve ser percebido gradualmente pelo consumidor, conforme os estoques do varejo farmacêutico forem renovados”, informou por meio de nota a Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma).

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