O reajuste anual de preço de medicamentos deve ser fixado em 4,46% em 2019, segundo estima a Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma). Espera-se que novo índice comece a valer em abril, embora as alterações no varejo sejam percebidas gradualmente, conforme os estoques forem sendo renovados.
No Brasil, o preço dos medicamentos é regulado pelo governo. Estipula-se um valor máximo a ser cobrado (preço lista) sempre que uma nova terapia chega ao mercado. Contudo, fabricantes e varejo podem aplicar descontos. Algumas classes de medicamentos chegam a apresentar descontos superiores a 60%.
Anualmente, o preço lista dos medicamentos é corrigido pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), a partir de uma fórmula que considera a inflação do período, a produtividade da indústria, a concorrência de diferentes classes terapêuticas, o impacto da energia elétrica e das oscilações do câmbio, entre outros fatores.
Neste ano, houve forte influência do câmbio no cálculo, embora a inflação ainda seja o principal fator, estipulada pelo Índice de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Reajuste abaixo da inflação
O reajuste autorizado aos medicamentos não corrige a inflação, resultando assim numa defasagem de preços ao setor. Entre 2005 e 2018, os medicamentos tiveram 86,99% de reajuste, enquanto a inflação do período foi de 118,84%. Isso significa uma diferença de 31,85 pontos percentuais. Caso a estimativa de reajuste seja confirmada, a defasagem continuará superior a 31 pontos percentuais.
Fonte: Guia da Farmácia
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Proposta obriga farmácias a oferecer local para descarte de medicamentos