Estudo realizado em Israel entre os dias 19 de dezembro de 2020 e 15 de janeiro deste ano analisou dados de 503.875 pessoas
Entre o 13º e 24º dia após a aplicação da primeira dose, a vacina da Pfizer/BioNTech contra a Covid-19 reduz em 51,4% o risco de infecção pelo novo coronavírus.
Isso é o que revela o estudo conduzido em Israel e publicado na última segunda-feira (7), na revista científica Jama (Journal of the American Medical Association).
Já a efetividade para casos sintomáticos de Covid-19 é de 54,4%.
A pesquisa foi realizada entre os dias 19 de dezembro de 2020 e 15 de janeiro deste ano.
E fez uma análise comparativa de dados de 503.875 pessoas.
Para chegar aos resultados, pesquisadores da Escola de Saúde Pública da Universidade de Tel Aviv e do Centro de Pesquisa e Inovação do Instituto Maccabi analisaram dois intervalos de tempo após a aplicação da primeira dose do imunizante: do 1º ao 12º dia e do 13º ao 24º dia.
Entre os 3.098 casos confirmados de covid-19 na amostra analisada, 2.484 ocorreram nos 12 primeiros dias.
Enquanto 614 dos testes RT-PCR positivo se deram no período que vai do 13º e 24º dia.
Respectivamente, a taxa de incidência do coronavírus para cada um dos dois períodos foi de 12,07 e de 6,16.
Ou seja, para cada cem mil pessoas, houve 43,41 infecções no primeiro intervalo de tempo e 21,08 no segundo.
Desse modo, a efetividade calculada pelos pesquisadores para a vacina americana 13 dias após a aplicação da primeira dose é de 51,4%.
Contudo, o estudo realizado em Israel não analisou o desempenho da vacina americana após a segunda dose.
Controle
Para a infectologista da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e consultora da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), Raquel Stucchi, quando há um número de pessoas vacinadas com a primeira dose, já há um encaminhamento considerável para um “controle eficiente da pandemia”.
Principalmente, de acordo com ela, em se tratando da primeira dose do imunizante da Pfizer/BioNTech.
Ainda assim, a infectologista reforça que é necessário continuar conscientizando a população sobre a necessidade de tomar a segunda dose.
Para, então, diminuir ainda mais o risco de infecção pelo novo coronavírus.
“Mesmo com esse resultado bom da primeira dose, é necessário que se tenha uma segunda dose, para garantir uma proteção depois em torno de 90% de eficácia [no caso do imunizante da Pfizer/BioNTech]”, diz Stucchi.
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Fonte: Estadão
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