Ritmo de vacinação contra Covid-19 cai pela metade no Brasil

Média de vacinas aplicadas por dia despencou de 995 mil para 429 mil em apenas 2 semanas, uma redução de 57%. País caiu de 4º para 8º entre os que mais vacinam no mundo diariamente

O ritmo de vacinação contra a Covid-19 caiu pela metade no Brasil nos últimos 14 dias, e o país foi ultrapassado por AlemanhaReino UnidoFrança Itália no número de doses aplicadas diariamente.

Em meio a uma série de problemas, a média diária de vacinação foi de 995 mil em 29 de abril para 429 mil na quarta-feira (12), apontam dados do “Our World in Data”, projeto ligado à Universidade de Oxford.

Entre as falhas estão o atraso na aplicação da segunda dose da CoronaVac e também na produção de mais vacinas devido à falta de insumos.

Com a redução de 57% em apenas 2 semanas, Brasil caiu de 4º para 8º país que mais aplica doses de vacina contra a Covid-19 por dia.China lidera, então, o ranking, com uma média de 9,23 milhões.

Sexto país mais populoso do mundo, com 212 milhões de habitantes, Brasil foi ultrapassado na vacinação diária por nações europeias que têm muito menos habitantes.

A Alemanha, por exemplo, tem 83 milhões de habitantes, Reino Unido e França têm 67 milhões cada um e a Itália, 60 milhões.

A média de vacinação diária no Brasil chegou a atingir um pico de 1,14 milhão de doses há exatamente um mês, em 13 de abril, mas o país não conseguiu manter o ritmo.

Foi o único dia em que o país superou a média de 1 milhão de doses aplicadas.

Em 13 de abril, foram administradas um recorde de 3,37 milhões de vacinas contra a Covid-19.

Problemas com vacinas

No entanto, vários fatores levaram, então, à redução no ritmo de vacinação no Brasil.

Um deles é a falta de doses da CoronaVac em diversas capitais.

E também  de insumos para ampliar a produção, devido ao atraso na importação do Insumo Farmacêutico Ativo (IFA)  da China.

A saber, o IFA é um insumo fundamental para a produção de vacinas.

E ataques do presidente Jair Bolsonaro e aliados contra a China são apontados como responsáveis pela dificuldade na importação.

Outro motivo é o governo federal ter suspendido na última terça-feira (11) a vacinação contra a Covid-19 em grávidas com o imunizante de Oxford/AstraZeneca.

Então, agora, só estão sendo imunizadas as gestantes com comorbidades e apenas com a CoronaVac ou a vacina da Pfizer.

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Fonte: G1

Foto: Shutterstock

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