Rússia aprova segunda vacina contra Covid-19 após testes preliminares

A fase inicial de testes em humanos da segunda vacina da Rússia contra a Covid-19 já começou

A Rússia concedeu aprovação regulatória a uma segunda vacina contra Covid-19, mostrou o registro de medicamentos autorizados do país no dia 14 de Outubro.

O presidente Vladimir Putin deu a notícia em uma reunião de governo.

A vacina foi desenvolvida pelo Instituto Vector, da Sibéria, que concluiu o estágio inicial de testes em humanos em setembro.

A imunização desenvolvida pelo instituto é feita a partir de uma tecnologia criada inicialmente para o Ebola.

Ela é composta por fragmentos de proteínas (peptídeos) do vírus que são capazes, também, de estimular o sistema imune a induzir uma resposta protetora.

Primeira vacina

A Rússia registrou, em agosto, sua primeira candidata a vacina, desenvolvida pelo Instituto Gamaleya, de Moscou.

Os testes em estágio avançado desta candidata com pelo menos 40 mil pessoas estão em andamento.

A vacina, batizada de “Sputnik V” em homenagem ao primeiro satélite do mundo, lançado pela União Soviética, ainda não está em circulação geral.

Etapas para a produção de uma vacina

Para se produzir uma vacina, leva tempo.

A mais rápida desenvolvida até o momento foi a vacina contra a caxumba, que precisou de cerca de quatro anos até ser licenciada e distribuída para a população.

Antes de começar os testes em voluntários, a imunização passa, então,  por diversas fases de experimentação pré-clinica (em laboratório e com cobaias).

Só após ser avaliada sua segurança e eficácia é que começam os testes em humanos.

A chamada fase clínica são três:

Fase 1

É uma avaliação preliminar da segurança do imunizante.

Ela é feita com um número reduzido de voluntários adultos saudáveis que são monitorados de perto.

É neste momento, então, que se entende qual é o tipo de resposta que o imunizante produz no corpo.

Dessa forma, ela é aplicada em dezenas de participantes do experimento.

Fase 2

O estudo clínico é ampliado e conta com centenas de voluntários.

A vacina é, então, administrada a pessoas com características (como idade e saúde física) semelhantes àquelas para as quais a nova vacina é destinada.

Nessa fase, então, é avaliada a segurança da vacina, imunogenicidade (ou a capacidade da proteção), a dosagem e como deve ser administrada.

Fase 3

Ensaio em larga escala (com milhares de indivíduos) que precisa fornecer uma avaliação definitiva da sua eficácia e segurança em maiores populações.

Além disso, feita para prever eventos adversos e garantir a durabilidade da proteção.

Apenas depois desta fase é que se pode fazer um registro sanitário.

Ensaio clínico no Brasil

Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para se fazer um ensaio clínico no Brasil, é preciso da aprovação do Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep), órgão vinculado ao Ministério da Saúde.

Porém, os voluntários são recrutados pelos centros de pesquisa.

Fonte: G1

Foto: Shutterstock

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