Contraindicações incluem pessoas com algumas comorbidades e grávidas
Quem não deve tomar a vacina contar a Covid-19 Sputnik V?
No início de junho, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou a importação da vacina Sputnik V por seis estados do Nordeste do Brasil — Bahia, Maranhão, Sergipe, Ceará, Pernambuco e Piauí.
Ao todo, 592 mil doses do imunizante da Rússia serão distribuídas entre esses estados, que devem aplicá-lo em no máximo 1% de seus habitantes.
De acordo com a Anvisa, isso “permitirá o adequado monitoramento e a ação imediata da Agência, caso necessário”.
Dentre as condições estabelecidas está a exigência de que os lotes das vacinas passem por análise do Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS), da Fiocruz, antes de serem destinados a uso.
A aplicação de doses também deverá ser monitorada por um estudo de efetividade, incluindo notificação à Anvisa em até 24 horas caso ocorram eventos adversos graves e em até cinco dias sobre os demais efeitos colaterais e reclamações técnicas.
Outra obrigação exigida pela agência regulatória é que apenas pessoas entre 18 e 60 anos sejam vacinadas com as duas doses do imunizante, mas ainda assim não todos.
De acordo com a Anvisa, não devem tomar a vacina Sputnik V:
- Indivíduos com hipersensibilidade a qualquer um dos componentes da fórmula;
- Gestantes.
- Lactantes.
- Mulheres em idade fértil que pretendam engravidar nos próximos meses.
- Quem recebeu outra vacina contra a Covid-19.
- Aqueles que tomaram qualquer vacina em um período anterior de quatro semanas.
- Pessoas com febre.
- Pessoas com HIV.
- Pessoas com hepatite B ou C.
- Indivíduos que receberam imunoglobulinas ou hemoderivados em um período anterior de três meses.
- Quem está passando ou passou por tratamento com imunossupressores, citotóxicos, quimioterapia ou radiação em um período anterior de 36 meses.
- Pacientes em terapias com biológicos incluindo anticorpos anticitocinas e outros anticorpos.
- Indivíduos com antecedentes de anafilaxia.
- Pessoas enfermidades graves ou não controladas, como cardiovasculares, respiratórias, gastrointestinais, neurológicas, insuficiência hepática ou renal e patologias endócrinas.
Em comunicado no início do mês, o órgão também estabeleceu que os pacientes sejam informados de que a vacina russa para Covid-19 “não possui registro e nem autorização temporária para uso emergencial, em caráter experimental, concedido pela Anvisa e que o referido produto apenas possui aprovação em agência regulatória sanitária estrangeira”.
Fonte: Revista Galileu
Foto: Shutterstock