O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) enviou, na última segunda-feira (13) ofício ao ministro Marcelo Queiroga pedindo que o governo federal priorize a aplicação da dose de reforço da vacina contra a Covid-19 em idosos acima dos 60 anos e imunossuprimidos.
O documento ainda solicita que, com o atraso da AstraZenecapara a segunda dose, o Programa Nacional de Imunização (PNI) suspenda, portanto, a aplicação em adolescentes sem comorbidades enquanto os grupos prioritários não forem revacinados.
Além dos idosos com mais de 60 anos, o Conass também pede que o governo federal priorize a aplicação da dose de reforço naqueles que estão em lares de longa permanência ou são imunossuprimidos.
“Entendemos que o momento exige unidade nacional nos atores tripartites e que a postura adequada para o momento é de buscar caminhos seguros e concretos para a plena cobertura vacinal da população brasileira”, diz o texto. Hoje, o Ministério da Saúde prevê a dose de reforço apenas para quem tem mais de 70 anos.
A justificativa, de acordo com o Conass, seria por causa das “recentes dificuldades observadas em diversas unidades da federação de disponibilidade da vacina AstraZeneca para a realização da segunda dose”.
E também a “persistência da notificação de casos graves na população já vacinada com 60 anos ou mais”.
Mistura de imunizantes
O documento, assinado pelo secretário de Saúde do Maranhão e presidente do Conass, Carlos Lula, foi enviado a Queiroga e a secretária extraordinária de Enfrentamento à Covid-19, Rosana Leite.
Nele, o órgão também pede que o Ministério da Saúde (MS) autorize a administração de doses heterólogas (vacina diferente da utilizada na primeira aplicação).
Isto, quando houver, então, “indisponibilidade objetiva do esquema homólogo”.
No entanto, Queiroga criticou a aplicação de doses heterólogas que não fossem para pessoas acima de 70 anos recebendo, portanto, o reforço vacinal e em casos exepcionais.
Fonte: Estadão
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