Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência

Para evitar a gravidez na adolescência o uso do preservativo jamais deve ser descartado. O diálogo familiar também é fundamental para uma vida sexual saudável

Começou no sábado (01/02) a Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência. O intuito do tema é chamar a sociedade para um dado preocupante: 68,4 bebês, a cada mil nascidos no Brasil, são filhos de uma mãe adolescente. “A gravidez na adolescência traz riscos para o bebê e a mãe. Parto prematuro, baixo peso ao nascer, malformações, entre outros problemas, podem acometer o bebê. Em relação à mãe, depressão pós-parto, risco de anemia e hipertensão são comuns, o que pode levar até à infertilidade”, alerta a ginecologista, obstetra e mastologista, Dra. Mariana Rosario.

De acordo com a médica, ainda falta um diálogo aberto em muitas famílias, para que meninos e meninas possam expressar-se livremente sobre sexo. “Percebo que ainda são poucos os pais que lidam bem com o assunto e muitos são resistentes a levar suas filhas a um consultório ginecológico. Em relação aos meninos, parece mais ‘normal’ que eles iniciem suas vidas sexuais na adolescência, mas os pais também não os ensinam sobre prevenção. Esse erro pode causar não apenas a gravidez indesejada, mas trazer doenças graves, como as Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST), como sífilis, HPV e HIV”, alerta a Dra. Mariana.

Prevenção a gravidez no consultório

Dra. Mariana explica que assim que a menina menstrua, já está pronta para engravidar, então, é preciso que seja orientada constantemente sobre as mudanças que ocorrem em seu organismo. “É por isso que muitas mães recorrem ao ginecologista, que explica didaticamente o que acontece”, diz ela.

No caso das adolescentes, muitas mães procuram métodos anticoncepcionais, para prevenção. “É fundamental que se use a camisinha em todas as relações sexuais, mas que esse não seja o único método adotado. É preciso que haja dois métodos paralelos, então, eu aconselho a adoção dos implantes hormonais bioidênticos, porque eles são dosados conforme a necessidade da paciente, em dosagem personalizada, não sobrecarregando o organismo de hormônios em dosagem desnecessária”, explica a médica.

A adolescente recebe, também, toda a orientação sobre como usar a camisinha masculina e feminina que, como explicado, é a barreira utilizada contra a transmissão de doenças. “Sem educação, não é possível exigir que atitudes preventivas sejam adotadas. Apenas quando o exemplo é dado que o adolescente aprende – e os pais devem ser os causadores desse aprendizado, primordialmente”, explica a médica.

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Foto: Shutterstock

Fonte: Dra. Mariana Rosario

 

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