Usada somente sob orientação médica, a Sibutramina é um inibidor de apetite que ajuda pessoas obesas a terem uma melhor qualidade de vida
A obesidade é um distúrbio que envolve excesso de gordura corporal, aumentando o risco de problemas de saúde.
De acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) 2019, a obesidade entre pessoas com 20 anos ou mais passou de 12,2% para 26,8% entre 2002/2003 e 2019 e 61,7% da população adulta brasileira estava com excesso de peso. Entre 2002 e 2003, esse percentual era, então, de 43,3%.
Uso racional de alguns fármacos ajudam essas pessoas obesas a terem uma melhora na qualidade de vida, assim, mantendo seu peso ou emagrecendo, como é o caso da sibutramina.
Nos parágrafos abaixo vamos conhecer mais sobre o medicamento.
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O que é sibutramina?
Também conhecido pelo nome comercial Reductil, a sibutramina é um inibidor de apetite disponível no mercado brasileiro desde 1997, para auxiliar no tratamento para a obesidade.
Para o que serve?
Por poder interferir em sistemas importantes do corpo humano, já que auxilia na perda de peso por agir diretamente sob neurotransmissores cerebrais responsáveis pela sensação de saciedade, entre eles, a serotonina, a dopamina e a noradrenalina, ajudando, assim, a reduzir o apetite. Contudo, a sibutramina é receitada somente sob orientação de um profissional de saúde, geralmente, um endocrinologista.
Além disso, a sibutramina também previne a redução do gasto calórico que costuma acontecer quando o paciente perde peso, aumentando a chance do paciente manter-se mais magro.
A indicação clássica é para os pacientes:
- Índice de Massa Corpórea (IMC) igual ou superior a 30.
- IMC igual ou superior a 27,5, se acompanhado de outros fatores de risco como hipertensão arterial, colesterol alto, bem como diabetes tipo 2 e hiperglicemia.
- Quando o tratamento convencional não obteve êxito.
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Contraindicações
A sibutramina não deve ser tomada por pacientes nas seguintes condições:
- Histórico de infarto ou doença coronariana.
- Insuficiência cardíaca congestiva.
- Histórico de AVC.
- Arritmias cardíacas.
- Doença arterial periférica.
- Hipertensão arterial mal controlada (acima de 145/90 mmHg).
- Diabetes mellitus tipo 2, com pelo menos mais um outro fator de risco cardiovascular, tais como hipertensão arterial controlada por medicamentos, dislipidemia, bem como tabagismo ou nefropatia diabética com evidência de microalbuminúria.
- Histórico de transtornos alimentares, como bulimia e anorexia.
- Pacientes em uso de inibidores da monoaminoxidase (IMAO). Contudo, é recomendado um intervalo de pelo menos duas semanas após a interrupção dos IMAO antes de iniciar o tratamento com sibutramina.
- Gravidez ou aleitamento materno.
- Depressão grave, doença das válvulas cardíacas, hipertensão pulmonar, bem como glaucoma de ângulo fechado e doença hepática grave também são consideradas como contraindicações.
Efeitos colaterais da sibutramina
Os efeitos colaterais mais comuns do tratamento com sibutramina são:
- Tonturas.
- Cefaleias.
- Dor de garganta.
- Azia.
- Boca Seca.
- Prisão de ventre.
- Dores musculares.
- Náuseas.
Como tomar?
A Sibutramina deve ser tomada uma vez por dia, de preferência sempre no mesmo horário. Entretanto, não é necessário estar em jejum. Contudo, se esquecer de tomar o remédio é indicado tomar dois comprimidos no dia seguinte tentando compensar a dose perdida.
A dose inicial usual é de 10 mg por dia, podendo ser elevada até o máximo de 15 mg, se após 4 semanas de tratamento não houver resposta satisfatória. Isso porque o objetivo é perder pelo menos 2 kg no primeiro mês.
No entanto, nos casos em que o aumento da dose seja necessária, o indicado é que deve-se antes levar em consideração a frequência cardíaca e a pressão arterial do paciente.
Os pacientes podem perder, em média 10 a 15% do peso nos primeiros 6 meses. Contudo, a partir deste ponto, o peso tende a estabilizar-se. Desse modo, em geral, o medicamento pode ser tomado por até 2 anos.
O tratamento deve ser descontinuado em pacientes que após 3 meses não tenham conseguido perder pelo menos 5% do peso inicial.
Além disso, o medicamento também deve ser interrompido nos pacientes que inicialmente tiveram boa resposta, mas acabaram por voltar a engordar pelo menos 3 kg durante o tratamento.
Contudo, somente o médico é capaz de realizar essas mudanças.
Para medicamentos terem mais eficácia, é necessário seguir algumas dicas
Sibutramina emagrece?
Por ser um medicamento indicado para auxiliar na perda de peso em pessoas obesas com índice de massa corporal acima de 30 kg/m2, aumenta a saciedade, fazendo com que a pessoa consuma menos alimentos, e aumenta o metabolismo, facilitando, assim, a perda de peso.
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É perigoso?
Por volta de 2011, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a sibutramina passou por uma reavaliação para demonstrar, sem deixar dúvidas, que seu benefício era maior do que qualquer tipo de risco. Desde que utilizada adequadamente e para determinados perfis de pacientes.
Então, o controle sobre a sibutramina foi reforçado com a criação de uma receita especial para prescrição e comercialização do produto.
Por isso o tratamento não pode ser interrompido sem o consentimento do médico.
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Quanto custa?
O preço varia de acordo com a marca, a dosagem e o número de comprimidos contidos na caixa e também da localização da farmácia, podendo chegar a custar por volta de R$100,00.
Precisa de receita?
Sim, pois é classificado como psicotrópico anorexígeno (fármacos que podem provocar anorexia, redução ou perda de apetite). Desse modo, uma cópia da receita médica fica retida com o farmacêutico.
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Conclusão
Sibutramina é um medicamento usado para auxiliar as pessoas obesas a emagrecer, diminuindo a fome e aumentando a sensação de saciedade, assim, satisfazendo o apetite com pouco alimento.
Prescrita por médicos para que a pessoa faça corretamente uma reeducação alimentar, acompanhada, se possível, de atividades físicas para que se obtenha um melhor qualidade de vida.
Isso porque a automedicação nunca é indicada.
Fontes:
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)
Conselho Federal de Medicina (CFM)
Consumidor RS
Fonte: Guia da Farmácia
Fotos: Shutterstock
Não se automedique, consulte um profissional de saúde.
3 Comentários
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Está errado. A bula diz para NÃO tomar dois comprimidos, se esquecer de tomar a dose no dia anterior.