De acordo com dados do Ministério da Saúde, o número de casos de sífilis no País nunca foi tão alto, desde 2010, quando a notificação da doença passou a ocorrer de forma regular. No ano passado, foram registrados 158 mil casos de sífilis adquirida, o equivalente a 75,8 casos a cada 100 mil habitantes. Em 2017, o número era inferior, com 59,1 casos a cada 100 mil. Para este ano, dados preliminares sugerem que a tendência de crescimento deve prevalecer.
A doença é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) causada pela bactéria Treponema pallidum e, se não for tratada, pode avançar pelo organismo e provocar complicações mais graves como cegueira, paralisia, doença cerebral, problemas cardíacos ou, até mesmo, levar à morte. “No caso de gestantes, também pode provocar aborto ou má formação do feto”, alerta o biólogo membro do Conselho Regional de Biologia, Giuseppe Puorto.
Avanço da sífilis no Brasil
O tratamento da sífilis é realizado com penicilina, um dos antibióticos mais antigos, descoberto em 1928, pelo médico e bacteriologista inglês Alexander Fleming. Mas, para diagnosticá-la, é preciso ficar atento aos sinais, já que os sintomas podem ser confundidos com os de muitas outras doenças. “Os sinais também podem desaparecer por um longo período e a pessoa pode acreditar que esteja curada. Além de não se tratar, pode ainda transmitir a doença”, diz Puorto.
Os sintomas da Sífilis variam de acordo com cada estágio da doença. No início, entre 10 a 90 dias após o contágio, é comum o surgimento de algumas manchas pelo corpo e de feridas nos órgãos sexuais e na virilha. “São lesões ricas em bactérias, mas que não ardem, não coçam e não causam dor”, explica o Biólogo. Ele sugere que, ao desconfiar da doença, a pessoa procure o Sistema Único de Saúde (SUS) para realizar o teste rápido de sífilis. O resultado sai em até 30 minutos.
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Fonte: Libris