A febre é uma das queixas mais comuns nos atendimentos pediátricos. Entre 20% e 30% das consultas nos consultórios a referem como queixa única preponderante, aumentando para 65% das consultas nos serviços de emergência, chegando a 75% nos atendimentos telefônicos e WhatsApp dos pediatras.¹
Vale lembrar que a febre – que em crianças se dá quando a temperatura está acima de 37,8ºC – não é doença e, sim, uma reação de defesa do organismo contra agentes agressores que, na maioria das vezes, são vírus e, portanto, não precisam de antibiótico para tratamento.¹
De modo geral, neste público, a febre indica a presença de infecções, podendo vir acompanhada de calafrios, desidratação e sonolência. Algumas das causas mais comuns são resfriados, otites, dor de garganta, pneumonias ou infecções urinárias.²
Em geral, a duração é de três a quatro dias. Mas se persistir e surgirem outros sintomas, é importante procurar um médico. Em alguns casos, a febre em bebês e crianças também aparece após algumas vacinas. Se isso acontecer, não é preciso preocupação. A temperatura alta é uma reação muito comum nesse caso e, na maioria das vezes, não indica maiores problemas.²
São sinais de risco:
• Bebês abaixo de três meses de idade com temperaturas acima de 38ºC;
• Quando mesmo após normalizar a temperatura, a criança de qualquer idade se mantiver irritada, com choro persistente ou apática; e
• Quando a febre for acompanhada de sintomas persistentes, como dor de cabeça, pele vermelha, dificuldade de dobrar o pescoço, vômitos que não cessam, confusão, irritabilidade extrema, sonolência ou dificuldade para respirar.
Como agem os antitérmicos e quando utilizá-los
A recomendação de antitérmicos em crianças deve ser feita quando a febre está associada a desconforto evidente (choro intenso, irritabilidade, redução da atividade, redução do apetite e distúrbio do sono) e, no Brasil, estão recomendados o paracetamol, dipirona e ibuprofeno.
O paracetamol é o único antitérmico recomendado para febre em menores de um mês de idade, sendo a dose ajustada segundo a idade gestacional.³
De qualquer forma, antes de medicar uma criança, é fundamental consultar um pediatra.4
Referências:
1. Portal da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).
Disponível em: www.sbp.com.br/especiais/pediatria-para-familias/cuidados-com-a-saude/febre-cuidado-com-a-febrefobia.
Acesso em: 13/09/2024.
2. Hospital Leforte.
Disponível em: www.leforte.com.br/blog/o-que-pode-causar-febre-em-bebes-e-criancas.
Acesso em: 13/09/2024.
3. Manejo da Febre Aguda – Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).
Disponível em: www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/23229c-DC_Manejo_da_febre_aguda.pdf.
Acesso em: 13/09/2024.
4. Panvel.
Disponível em: www.panvel.com/blog/bebe-e-crianca/remedio-infantil.
Acesso em: 13/09/2024.
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