O Brasil e a sociedade estão em constante reformulação. Isso influencia no panorama do mercado farmacêutico e também na percepção dos consumidores. Em meio a todo este cenário, também temos que lidar com as mudanças exigidas pela lei geral da proteção de dados e as atualizações constantes do marketing digital.
“O primeiro semestre do ano foi turbulento para o cenário econômico. Tivemos a 22ªqueda consecutiva na previsão do Produto Interno Bruto (PIB), a alta na taxa de desemprego e diminuição da taxa de juros e da inflação, para citar apenas alguns dos acontecimentos. Tudo isso alinhado com transformações demográficas, como o aumento da expectativa de vida e a taxa de fertilidade. Todos esses fatores mudam a forma de agir e de consumir da população”, afirma o economista e CEO do Ipsos, Marcos Calliari. “Os laboratórios precisam se adequar a todas essas mudanças e conquistar a confiança dessa nova geração. Hoje, não são mais as grandes empresas que ditam as tendências, mas as pessoas e as pequenas companhias”.
Dessa forma, cria-se uma nova forma de agir. Dessa forma, obrigando as empresas a se transformar para proporcionar autenticidade, personalização e individualizar seus produtos para causar impacto.
Lei geral de proteção de dados
A lei geral de proteção de dados completou um ano e entrará em vigor em agosto de 2020. A lei acompanha a tendência mundial e permite a troca de informações entre a Europa e o Brasil. Porém, as mudanças ainda assustam as empresas e devem ser estudadas a fundo para se adequar.
“Devemos enxergar a lei geral de proteção de dados como uma oportunidade. Quem não se adequar será prejudicado. Assim, a melhor forma de encararmos a lei é pensarmos em qualquer inovação já levando em conta a privacidade do cliente”, afirma a advogada e DPO do Ipsos, Carolina Fairbancks. A lei obrigará todas as empresas a terem total proteção da informação, bem como comunicarem o cliente qual a origem e o destino, a finalidade e quaisquer outras informações sobre a utilização dos dados.
“A maior mudança da lei é que não poderemos mais armazenar dados das pessoas sem uma finalidade específica. Devemos apagar os dados dos clientes após o uso ou torná-los anonimizados. Assim, garantindo a fiscalização e a transparência constante da informação”, afirma Carolina. A advogada também sugere que os laboratórios farmacêuticos e as empresas tenham uma pessoa somente para entender onde estão os dados e fazer o mapeamento deles.
Desempenho dos laboratórios farmacêuticos no Brasil
Diante de tantas mudanças, os laboratórios farmacêuticos vêm enfrentando desafios e a necessidade de se adequar a este novo cenário.
Para auxiliar nisso, o Sindusfarma em parceria com a empresa de pesquisa e de inteligência de mercado, Ipsos, lançou a terceira edição da Pesquisa de Imagem de Laboratórios Farmacêuticos, ontem (28/08), em São Paulo (SP).
A pesquisa analisou os laboratórios farmacêuticos pelas 16 principais especialidades clínicas. Assim, foram entrevistados 650 médicos titulares de cada segmento, de diferentes regiões do Brasil. Além disso, a pesquisa analisou a imagem corporativa, levando em conta quesitos como a inovação, ações de marketing, confiança, preferência e admiração; presença no mercado, avaliando a proximidade, as visitas mais frequentes e os melhores representantes; e analisou os produtos distinguindo a qualidade dos genéricos, a qualidade dos produtos no geral e a relação custo benefícios.
A pesquisa sobre a imagem e o desempenho dos laboratórios farmacêuticos no Brasil pode ser solicitada ao Sindusfarma. A pesquisa não visou expor os piores laboratórios. Assim, serão disponibilizados os três primeiros colocados e a posição onde o seu laboratório se encontra.
As especialidades avaliadas foram: cardiologia, clínica geral, dermatologia, endocrinologia, gastrologia, ginecologia, hematologia, neurologia, oncologia, ortopedia, otorrinolaringologia, pediatria, pneumologia, psiquiatria, reumatologia e urologia.
Foto: Sindusfarma
Fonte: Guia da Farmácia