Soro anticoronavírus começa a ser produzido em Minas Gerais

Soro é desenvolvido a partir da inoculação do vírus inativado em cavalos. A partir daí, serão produzidos os anticorpos para neutralizar a ação do Sars-Cov-2

Pesquisadores da Fundação Ezequiel Dias começaram a imunizar cavalos para a produção de soro contra o coronavírus. Resultado de uma pesquisa que começou no início do ano, ele será utilizado para enfraquecer a atuação do vírus no organismo.

O pesquisador responsável, Sérgio Caldas, explicou que o soro será desenvolvido a partir dos anticorpos produzidos pelos animais que estão sendo inoculados com o vírus Sars-Cov-2 inativado.

“Como o cavalo tem muito sangue, podemos coletar, processar o anticorpo para produzir o soro que vai neutralizar a ação do vírus no organismo”, explicou na época.

Soro anticoronavírus

A lógica da atuação será semelhante a dos antiofídicos produzidos pela fundação: uma vez que o paciente está infectado, o soro vai agir para atenuar os efeitos da Covid-19.

“É uma imunização passiva, ou seja, não tem memória como tem a vacina. É para tratar o indivíduo, para neutralizar a carga viral imediatamente”, disse na ocasião.

A expectativa do governo é que os lotes-pilotos, com 5 mil ampolas, estejam prontas em janeiro de 2021. O uso do soro será restrito ao ambiente hospitalar a partir de prescrição médica.

Após estudos clínicos para validação da segurança e eficácia do soro será solicitado o registro na  Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para a produção de lotes industriais em larga escala.

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Fonte: G1

Foto: Shutterstock

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