Publicada no Diário Oficial da União, no dia 28 de dezembro de 2022, a Lei 14.510/2022 regulamenta a prestação de serviços de saúde a distância por meio do uso de tecnologias da informação e da comunicação em todo o país. Assim, é reconhecida a modalidade de teleatendimento dentro da cadeia de serviços do Sistema Único de Saúde (SUS). Chamado telefarmácias, este é um segmento que também tem a tecnologia como aliada.
“Telefarmácia não está relacionada somente à utilização de serviços de mensagens instantâneas pelo celular. A tecnologia nesta nova modalidade, pode contribuir nas diferentes atuações farmacêuticas, como na gestão efetiva do estoque de medicamentos, atendimento e orientações farmacêuticas”, relata Anna Maly de Leão, coordenadora de cursos de Pós-graduação em Farmácia da Unyleya, uma das primeiras Instituições de Ensino 100% EAD no Brasil.
Ela explica que este mercado para o atendimento farmacêutico está em franca expansão e a teleconsulta ocorrerá com um atendimento ao paciente via remota, como ao telefone, por exemplo. Sendo assim, o paciente poderá agendar um atendimento individualizado, e estar no conforto da sua casa. O farmacêutico por sua vez, conseguirá prestar um atendimento de qualidade ao paciente. Vale ressaltar que a modalidade não exclui a presença física das farmácias, até porque muitos medicamentos só podem ser comercializados com a apresentação da receita médica.
“Acontece que para atuar nessa nova frente, também é necessária especialização. O profissional farmacêutico precisa se especializar para saber utilizar e implementar a telefarmácia centrada no cuidado ao paciente através das tecnologias que podem melhorar a qualidade de vida, bem como propiciar o cuidado de forma remota”, explica.
Os cursos destinados à área, como a pós-graduação EAD em Telefarmácia e Cuidado Farmacêutico da Unyleya, têm como objetivo reconhecer o arcabouço regulatório dos serviços de telesaúde e compreender as tecnologias de informação e comunicação para a Farmácia Clínica que podem facilitar o processo de comunicação entre paciente e farmacêutico. Também visam identificar os princípios da teleconsulta, aplicar a gestão do cuidado, compreendendo assim o processo de inovação na prestação de serviços em telesaúde e de telemonitoramento e televigilância na utilização de fármacos e nas análises de dados epidemiolóficos. Com o curso, o profissional estará apto a reconhecer os processos de teleconsulta no desenvolvimento do atendimento farmacêutico no meio digital, e a compreender a anamnese e prescrição farmacêutica no contexto da telefarmácia. Também poderá desenvolver habilidades e competências para a revisão da farmacoterapia aplicada a telefarmácia, além de desenvolver competências para a aplicabilidade do marketing e da gestão de teleconsultórios farmacêuticos.
CFF aprova resolução que regulamenta a telefarmácia
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