A taxa de transmissão (Rt) do Sars-CoV2 da Covid-19 no Brasil é a menor registrada desde abril do ano passado, quando começou a ser aferida, de acordo com levantamento do Imperial College de Londres.
O índice de 0,60, anunciado na última terça (12), indica que cem pessoas contaminadas transmitem a doença para outras sessenta.
E reverte a tendência de alta observada há duas semanas, quando chegou a 1,04.
De acordo com a margem de erro calculada pela universidade britânica, a taxa brasileira atual pode variar de 0,24 a 0,79. Quando está abaixo de 1 a taxa indica que a propagação do vírus está em declínio.
O oposto ocorre, então, quando ela está acima de 1, indicando aumento.
A saber, a Rt é considerada uma das principais referências da evolução da pandemia de Covid-19.
No entanto, por ser uma média nacional, pode não ser muito fiel às realidades locais.
Transmissão da Covid-19
O levantamento estima que o Brasil deve registrar cerca de 1.600 mortes nesta semana.
Podendo, então, variar de 942 a 1.820.
Ou seja,- um pouco menos do que foi registrado na semana passada, 1.636.
Até a última segunda-feira, foram registrados 237 milhões de casos de Covid-19 em todo o mundo, e 4,84 milhões de mortes.
Brasil atingiu 600 mil mortes no dia 8
Na última sexta-feira, dia 8, o Brasil atingiu a marca de 600 mil mortos pela Covid-19.
Trata-se de um número maior do que as populações de sete capitais do País, entre elas, Florianópolis e Vitória.
O avanço da vacinação e a queda do número de infectados indica uma sensação de que o pior da pandemia já foi superado.
Todavia, especialistas reforçam que o patamar de vítimas ainda é alto:
Perto de 500 pessoas por dia e que são necessárias doses de reforço e atenção também com as sequelas provocadas pelo vírus.
O balanço mais recente indica que são 601.266 mortes no País.
O indicativo de avanço da vacinação fica claro com os números, afinal, o País se aproxima de marcas importantes:
São quase 100 milhões de pessoas totalmente imunizadas (com dose única ou duas doses) e quase 150 milhões de brasileiros parcialmente imunizados.
Relatório do Observatório da Covid-19, da Fundação Oswvaldo Cruz (Fiocruz), indica que o fim da crise sanitária deve ocorrer nos primeiros meses do ano que vem.
Embora especialistas divergem sobre o prazo.
“O fim da pandemia não representará o fim da ‘convivência’ com a Covid-19, que deverá se manter como doença endêmica e passível de surtos mais localizados”, afirma o texto da instituição.
Fonte: Estadão
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