O presidente americano, Donald Trump, afirmou que vai taxar medicamentos importados para que os grandes laboratórios instalem fábricas nos Estados Unidos (EUA). “Vamos tarifar produtos farmacêuticos e, quando fizermos isso, eles (fabricantes) voltarão correndo para o nosso país, porque somos o grande mercado. Eles deixarão a China, deixarão outros lugares”, disse Trump em discurso no jantar do Comitê Nacional Republicano do Congresso, em Washington.
A Federação Europeia de Indústrias e Associações Farmacêuticas (EFPIA) alertou à presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, que a menos que a Europa ofereça “mudanças políticas rápidas e radicais”, a pesquisa, o desenvolvimento e a fabricação de medicamentos na União Europeia (UE) “têm cada vez mais probabilidade de serem direcionadas para os EUA”.
Potenciais impostos
Os potenciais impostos de importação específicos para medicamentos continuam sendo uma espada de Dâmocles que têm gerado ansiedade entre os líderes biofarmacêuticos, que agora temem que mais de US$ 100 bilhões em investimentos possam deixar a União Europeia.
Cerca de 16,5 bilhões de euros (US$ 18 bilhões) em investimentos biofarmacêuticos nos territórios da UE podem estar em risco apenas nos próximos três meses, calcula a EFPIA, citando uma pesquisa com CEOs realizada na semana passada entre os líderes de 18 grandes e médias empresas fabricantes de medicamentos na Europa.
Tarifas específicas
Tarifas específicas para produtos farmacêuticos são uma questão de quando, não se, porque, além do anúncio de que vai taxar os medicamentos importados, Trump já tinha ameaçado repetidamente tarifas direcionadas a remédios tanto em público quanto durante uma reunião privada na Casa Branca com vários executivos do setor farmacêutico, em fevereiro.
Trump chegou a mencionar uma taxa de 25% ou mais sobre importações farmacêuticas, mas os fabricantes de medicamentos estão fazendo lobby com o presidente para implementar essas tarifas em etapas.
Fonte: O Globo
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