Oriente o consumidor a respeitar a data de validade do produto
Como parte do serviço de Assistência Farmacêutico, o profissional responsável por dispensar medicamentos na farmácia deve orientar os consumidores a ficar atentos ao prazo de validade dos medicamentos. É preciso ter cuidado para não cometer o mesmo erro que o consórcio LogRio, que deixou medicamentos armazenados passarem da data de validade. Usar medicamentos depois que esse prazo expira é um risco à saúde: se, em alguns casos, o fármaco apenas não faz efeito, em outros, ele pode provocar outros problemas, desde alergias até intoxicação, que pode levar à morte.
“Se o medicamento vencido for utilizado para aliviar um sintoma, ele não vai fazer efeito. Mas se for para tratar alguma doença, como diabetes, hipertensão ou doença do coração, o problema vai progredir e o paciente pode enfartar, por exemplo”, diz o clínico geral e chefe do Serviço de Emergência do Hospital São Lucas, Thiago Ribeiro.
Segundo o médico, o consumo de medicamentos após a data de validade é bastante comum, sobretudo entre idosos, devido à dificuldade de enxergar o que vem escrito na embalagem. No caso de cartelas de comprimidos, o farmacêutico deve orientar o consumidor a guardar a caixa, que geralmente traz o prazo impresso em maior qualidade, para evitar o equívoco.
De acordo com a farmacêutica e coordenadora do curso de farmácia do Centro Universitário Anhanguera de Niterói, Adriane Martins Dias, outras possíveis consequências do uso de fármacos orais vencidos são náuseas, vômitos, lesões gástricas (que podem formar úlceras) e choque anafilático (em situações raras, se a pessoa tiver alergia à algum ingrediente da fórmula). Se o medicamento em questão for uma pomada, podem surgir efeitos tópicos, como vermelhidão e manchas na pele.
“O prazo de validade é a data limite até a qual a indústria garante a qualidade de todos os produtos usados na fabricação do medicamento e a eficiência dele. Mesmo que o princípio ativo continue bom, outro componente pode se desestabilizar após essa data e fazer mal à saúde”, explica Adriane Martins Dias.
