Número de anticorpos no sangue de pessoas que foram infectadas e vacinadas é até dez vezes maior do que aquele presente nas que receberam o imunizante, mas não tiveram doença
A vacina contra a Covid-19 combinada com a infecção natural pelo Sars-CoV-2 cria uma imunidade reforçada contra o vírus, segundo estudo da Universidade de Oregon (EUA).
De acordo com a pesquisa, a quantidade de anticorpos no sangue de pessoas que foram infectadas e vacinadas é até dez vezes maior do que aquela presente nas que receberam o imunizante, mas não tiveram a doença.
A saber, o trabalho foi publicado nesta quinta-feira, 27, na revista Science Immunology.
Vacina contra a Covid-19
Os pesquisadores analisaram a resposta imunológica de 104 pessoas que ja estavam vacinadas.
Elas foram divididas em três grupos: 42 vacinados sem contágio prévio, 31 que receberam imunizante após uma infecção e outros 31 que foram infectados depois da vacinação.
Em seguida, os cientistas coletaram sangue dos participantes e as amostras foram expostas em laboratório a três variantes do Sars-CoV-2: Alfa (B.1.1.7), Beta (B.1.351), e Delta (B.1.617.2).
Todavia, a Ômicron, mais contagiosa, ainda não foi testada.
Os resultados mostraram que os dois grupos com “imunidade híbrida”, compostos por aqueles que foram vacinados e infectados, geraram os maiores níveis de anticorpos em comparação ao grupo que foi apenas vacinado.
Cientistas ressalvam que, embora as conclusões reforcem as de estudos anteriores, a amostra usada foi pequena, o contágio foi feito em laboratório e a Ômicron não foi testada.
Por isso, dizem, a vacinação segue sendo imprescindível.
Dessa maneira, a vacina, ressaltam os especialistas, segue como a principal estratégia de proteção coletiva contra a Covid-19.
Fonte: Estadão
Foto: Shutterstock