Vacinação é prevista para o final do primeiro semestre de 2021, diz Anvisa

O prazo é diferente do que vem anunciando o Ministério da Saúde, que pretende começar a imunização em janeiro de 2021, com 7% da população

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), responsável por aprovar e autorizar a vacinação contra a Covid-19, acredita que a imunização só vai começar no final do primeiro semestre de 2021.

A previsão foi dada pelo diretor-adjunto do órgão, Juvenal de Souza Brasil Neto, durante audiência pública no Senado nesta terça-feira, 20.

“Final do primeiro semestre do ano que vem é a nossa previsão. Mas não podemos marcar uma data, haja vista o que aconteceu com a AstraZeneca, que atrasou a fase de testes. Então torcemos que no primeiro semestre tenha um produto viável”, disse Juvenal Brasil Neto.

Não é o que o Ministério da Saúde diz

O prazo é diferente do que vem anunciando o Ministério da Saúde, que pretende começar a imunização em janeiro de 2021, com 7% da população.

A audiência pública foi realizada pela Comissão Mista da Covid-19, do Congresso Nacional, para debater como será a operação do Programa Nacional de Imunização contra a Covid-19.

Entre os temas abordados estavam, portanto, a evolução da fase testes de todos imunizantes, prazos, necessidade e a possibilidade de vacinação dos brasileiros.

Participaram da sessão representantes do Instituto Butantan, da Sociedade Brasileira de Imunologia (SBI), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), e do Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar).

A vacinação contra a Covid-19 para a Anvisa

No fim de setembro, a Anvisa simplificou o procedimento de aprovação e registro da vacina.

Chamado de submissão contínua, a análise dos dados referentes aos imunizantes é realizada na medida em que forem gerados e apresentados à Anvisa os resultados das pesquisas.

Mesmo assim, o diretor ponderou que não se pode pular prazos.

Questionado sobre a comprovação da eficácia, o diretor da Anvisa disse que todos os organismos internacionais trabalham como uma taxa de, pelo menos, 70%, mas que por causa da pandemia, este valor deve ser de 50%.

A regra deve ser seguida também pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

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Fonte: Exame

Foto: Shutterstock

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