Variante Delta já é detectada em mais de 80% das amostras no Rio de Janeiro

Rede de vigilância genômica já processou mais de 3,9 mil genomas de 91 municípios

A variante Delta do Sars-CoV2 já é causadora de 86% dos casos de Covid-19 no Rio de Janeiro (RJ), de acordo com o  mapeamento da Rede Corona-Ômica de vigilância genômica do novo coronavírus no Estado.

A saber, o alastramento dessa nova variedade do vírus foi extremamente veloz. Em junho, por exemplo, os casos de Delta eram apenas 6%.

Já no mês seguinte, saltaram para 48%; agora, são maioria absoluta.

Análise da variante delta no Rio de janeiro

As análises são realizadas pela equipe da pesquisadora Ana Tereza Vasconcelos, do Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC) do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.

A rede de vigilância genômica já processou 3.952 genomas virais, oriundos, então, de 91 municípios.

Os pacientes são oriundos dos centros de referência e hospitais em todo o Estado.

Um estudo publicado na revista científica The Lancet no último sábado (28), apontou que os infectados com a variante Delta do novo coronavírus têm o dobro de risco de serem hospitalizados.

Portanto, a comparação foi feita com pessoas que contraíram a cepa Alpha do vírus, detectada no Reino Unido em novembro passado.

Antecipação da segunda dose 

O avanço da Delta tem levado governos locais a optarem pela antecipação da segunda dose da vacina contra a Covid-19.

O que poderia, então, aumentar a chance de proteção contra a cepa.

A presença mais frequente da variante também tem fortalecido debates sobre a aplicação da terceira dose em populações mais vulneráveis, como os idosos.

Contudo, na quarta-feira passada (25), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou a necessidade de aplicação da dose extra.

Seis estados autorizam prefeituras a reduzir o intervalo entre as doses da AstraZeneca 

Fonte: Estadão

Foto: Shutterstock

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