Agosto é conhecido como mês de tempo seco e muito vento em grande parte do Brasil. Além das condições climáticas, outro fator também torna o período bastante difícil: queimadas são frequentes e tornam os ares das cidades ainda mais poluídos, secos e carregados. No conjunto, o mês oferece condições favoráveis para o aparecimento de alergias respiratórias como asma e rinite, pioradas diante da poeira doméstica, ácaros, mofo, pelo de animais, fumaça, poluição e baixa umidade relativa do ar.
Como consequência disso, a procura por medicamentos antialérgicos e aparelhos inaladores para o tratamento das alergias sobe consideravelmente no período. De acordo com o diretor de marketing da startup de farmácias MyPharma, Carlos Henrique Soccol, até agora, houve um crescimento de 15% nas vendas de aparelhos inaladores, se comparado ao mesmo período do ano passado, nas plataformas da startup.
“Além do crescimento nas vendas de inaladores, percebemos aumento de 50% na compra de medicamentos antialérgicos, como o histamin e o xarope polaramine. Os descongestionantes, soros fisiológicos e lubrificantes nasais também estão sendo bastante procurados neste período. Acredito que o fato de as pessoas ficarem mais tempo em casa e em ambiente fechado, devido às restrições da pandemia do novo coronavírus; têm contribuído para o aumento das alergias respiratórias”, comenta Carlos.
Medicamentos antialérgicos
Para o proprietário da Drogaria Santa Terezinha, em São José do Rio Preto, interior de São Paulo, Leonardo Moreira Gonçalves, o clima mais seco e de temperaturas elevadas, característico deste período do ano na região sudeste, contribui para maior procura destes itens.
“Nas primeiras semanas do mês, observamos crescimento de 15% nas vendas de equipamentos umidificadores e inaladores, bem como acréscimo de mais de 20% nas vendas de remédios antialérgicos, comparados a agosto do ano passado. Esses índices ainda devem subir nas próximas semanas”, afirma Leonardo.
Embora a procura dos medicamentos e aparelhos seja pelas condições climáticas, os lojistas apostam em promoções e descontos para atrair os consumidores.
“É fundamental que o lojista monte um mix de produtos no tablóide de ofertas da farmácia, para gerar proximidade com o cliente. Apostar ainda na divulgação dos produtos no website, redes sociais e WhatsApp, por exemplo, são opções interessantes para chamar a atenção dos consumidores”, sugere o diretor de marketing da MyPharma, Carlos Henrique Soccol.
Além disso, as vendas de Dorflex tiveram aumento de 53% no primeiro semestre sobre o mesmo intervalo de 2019. A epidemia estimulou o consumo do analgésico e relaxante muscular Dorflex, que já era o medicamento mais vendido do país há vários anos, de acordo com dados da Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma). Suas vendas, que geraram mais de R$ 470 milhões em 2019, tiveram aumento de 53% no primeiro semestre sobre o mesmo intervalo de 2019.
Qual o mecanismo de ação dos antialérgicos?
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Fonte: SEGS / Foxbe