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Vendas pelo whatsapp na farmácia: como usar e não infringir a LGPD

Se há autorização explícita da pessoa em relação ao uso de seus dados, não há problemas e não se infringe a lei

O WhatsApp é uma excelente ferramenta de comunicação, principalmente quando usada para potencializar a experiência do cliente. No caso de farmácias, o contato com clientes deve sempre respeitar a legislação vigente para a categoria.

É claro que as vendas de medicamentos controlados continuam sendo realizadas obrigatoriamente apenas em lojas físicas com apresentação de receita, mas pela plataforma é possível trazer suporte aos consumidores que fizeram compras de medicamentos de uso livre, por exemplo.

Sabe-se que prestar um bom atendimento é um dos principais pilares para que as marcas alcancem sucesso e fortaleçam o contato com seus consumidores. Neste sentido, precisamos pensar que o uso do WhatsApp deve estar ligado muito mais à prestação de serviço do que a um meio de divulgar promoções e propagandas. A ferramenta, inclusive, quando bem aproveitada se torna um dos maiores pontos de contato entre empresas e clientes.

Whatsapp e farmácia: uma tendência

De acordo com a Meta, empresa administradora do WhatsApp, a ferramenta é utilizada por 80% dos brasileiros, com cerca de 108,4 milhões de usuários cadastrados. Entretanto, com a popularização das vendas via App, muito tem se falado sobre a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais, Lei nº 13.709/2018), que regula as atividades de tratamento de dados. Por ser uma plataforma de comunicação com interação humana é importante ter cautela no compartilhamento de informações.

A LGPD funciona com base em consentimentos que, muitas vezes, precisam ser revalidados. Se há autorização explícita da pessoa em relação ao uso de seus dados, não há problemas e não se infringe a lei. Por exemplo, sabemos que as farmácias costumam oferecer descontos em medicamentos após o fornecimento do CPF por parte dos clientes. Quando há o consentimento desta prática, não há o que temer em relação à lei, pois funciona como uma moeda de troca, com total concordância do cliente.

Ao mesmo tempo, as empresas que usam dados dos clientes precisam se proteger e garantir que essas informações não sofram vazamentos e não sejam expostas porque, aí sim, regras da LGPD estão sendo infringidas e as empresa ficam passíveis de punições. No fim das contas, é preciso conhecer as regras e usar o bom senso na comunicação com o seu cliente, dentro de um planejamento e de uma régua adequada e não invasiva de relacionamento. E, em caso de dúvidas, sempre consultar um especialista!

4 infrações comuns de LGPD que ainda são cometidas no dia a dia

Fonte e foto: Guilherme Bhonen, diretor executivo de Oto, App que cria soluções a partir de dados de compras online e offline para impulsionar a experiência das marcas com seus consumidores, com exclusividade para o portal Guia da Farmácia. 

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