A dermatite de contato é uma reação inflamatória cutânea que ocorre em decorrência da exposição a um agente desencadeante externo e atinge cerca de 20% da população. Não é infecciosa e, portanto, não transmissível.
Os especialistas do Departamento Científico de Dermatite de Contato da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI) explicam que a dermatite de contato é a principal causa de doença cutânea ocupacional, ou seja, aquela provocada por algum agente alergênico presente no ambiente de trabalho.
Os profissionais mais afetados são metalúrgicos, cabeleireiros, trabalhadores da área da Saúde, limpeza, colaboradores da indústria alimentícia, operários da construção civil e pintores.
Tipos de dermatite de contato
Dermatite irritativa: é a mais comum, sendo responsável por 80% dos casos. As causas da dermatite de contato irritativa são sabões, detergentes, solventes, dentre outros. Ocorre pela ação direta na pele da substância desencadeante, mas sem sensibilização prévia.
Dermatite alérgica de contato: de acordo com a ASBAI, é menos comum e responsável por 20% dos casos. Causas comuns incluem conservantes, metais (bijuterias), fragrâncias, dentre outros. Há um mecanismo imunológico claro de hipersensibilidade, ocorrendo uma fase de sensibilização inicial. É fundamental o teste de contato como ferramenta diagnóstica
Tratamento
O tratamento da dermatite de contato envolve evitar alérgenos e irritantes que causam a alergia. A educação do paciente, ensinando-o a ler rótulos dos produtos de uso pessoal é essencial.
Do ponto de vista ocupacional, o uso de equipamento de proteção individual, tais como luvas e máscaras, deve ser mandatório e específico para cada situação.
Fonte: ASBAI
Foto: Shutterstock
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