De 100 mil compostos apenas um será um medicamento

O processo de aprovação de um novo medicamento pode levar de dez a 15 anos e custa cerca de um bilhão de dólares

De 100 mil compostos, 250 irão para testes clínicos e apenas um desses se tornará um medicamento. Dessa forma, esse processo pode demorar de dez a 15 anos e custa cerca de US$ 1 bilhão. Essa é apenas uma das dificuldades que engloba a criação de um medicamento. São anos de investimentos, de variados testes até que o medicamento possa ser enviado para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para ser regulamentado.

Em seguida, o medicamento é encaminhado para a Câmara de Regulação do Preço de Medicamentos (CMED). Dessa forma, só então é realizada a incorporação da tecnologia para o mercado.
De acordo com o consultor em saúde e diretor do Grupo BEM, Dr. Claudio Tafla, outro fator que dificulta a saúde e os medicamentos no Brasil é o desperdício. “Além disso, 20% de todos os recursos destinados à saúde são desperdiçados.”

Dessa forma, entre os motivos está a solicitação inadequada de serviços e a realização de exames em que os resultados não são buscados ou levados ao médico. Além disso, a realização de procedimentos e ingestão de medicamentos que não trazem resultados eficazes no tratamento do paciente também entra nesse número.

Workshop da Pfizer apresenta processo de aprovação dos medicamentos

As informações foram apresentadas durante o workshop “Caminho de um medicamento no Brasil: da chegada ao mercado até a incorporação pública e privada”. O workshop foi organizado pela farmacêutica Pfizer. Ele aconteceu na Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (EAESP-FGV).

O workshop aconteceu hoje (13/08) em São Paulo (SP) e também contou com a participação da diretora médica da Pfizer Brasil, a Dra. Marjorie Dulcine, da diretora técnica do Grupo de Planejamento e Articulação das Ações de Assistência Farmacêutica da Coordenadoria de Assistência Farmacêutica da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, Alexandra Casarini, e do diretor de assuntos corporativos da Pfizer, Ciro Mortella. Assim, o encontro abordou questões sobre a trajetória percorrida por uma terapia inovadora desde a sua aprovação no País até as mãos dos pacientes, além das exigências para que um medicamento de alto custo seja incorporado e sobre as responsabilidades das diversas esferas envolvidas para garantir o acesso à saúde no Brasil.

Investimento da Pfizer em novos medicamentos

Anualmente, a Pfizer investe US$ 8 bilhões do seu faturamento de US$ 53,6 bilhões, para o desenvolvimento de novos medicamentos. Após 67 anos no mercado brasileiro, o portfólio da farmacêutica conta com 150 nomes incluindo medicamentos e vacinas.

Fonte: Guia da Farmácia

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