{"id":14984,"date":"2019-04-18T13:00:31","date_gmt":"2019-04-18T16:00:31","guid":{"rendered":"https:\/\/guiadafarmacia.com.br\/?p=14984"},"modified":"2020-02-11T09:44:49","modified_gmt":"2020-02-11T12:44:49","slug":"o-que-e-o-fungo-resistente-que-se-espalha-no-mundo","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/guiadafarmacia.com.br\/o-que-e-o-fungo-resistente-que-se-espalha-no-mundo\/","title":{"rendered":"O que \u00e9 o fungo resistente que se espalha no mundo?"},"content":{"rendered":"

Desde mar\u00e7o de 2017, o Brasil possui um documento com orienta\u00e7\u00f5es sobre como os servi\u00e7os de sa\u00fade (hospitais, cl\u00ednicas, laborat\u00f3rios, entre outros) devem proceder para prevenir e controlar a dissemina\u00e7\u00e3o fungo resistente Candida\u00a0auris<\/em>, capaz de suportar os principais medicamentos antif\u00fangicos. \u00c9 que, no referido m\u00eas, a Ag\u00eancia Nacional de Vigil\u00e2ncia Sanit\u00e1ria (Anvisa)<\/a> publicou um comunicado de risco sobre o tema, em raz\u00e3o de relatos de surtos de Candida auris <\/em>em pa\u00edses da Am\u00e9rica Latina. Segundo dados do Centers For Disease Control and Prevention (CDC), de fevereiro de 2019, j\u00e1 foram registrados casos em mais de 20 pa\u00edses, sendo que nos Estados Unidos j\u00e1 s\u00e3o mais de 580 casos confirmados. At\u00e9 o momento, nenhum caso foi registrado no Brasil.<\/p>\n

Para a pessoa ser infectada pelo fungo resistente, \u00e9 preciso que tenha sofrido procedimentos invasivos (como cirurgias, uso de cat\u00e9ter venoso central) ou tenha o sistema imunol\u00f3gico comprometido. Pacientes internados em unidades de terapia intensiva por longos per\u00edodos e com uso pr\u00e9vio de antibi\u00f3ticos ou antif\u00fangicos tamb\u00e9m s\u00e3o considerados grupo de risco para a contamina\u00e7\u00e3o. A infec\u00e7\u00e3o pode ser fatal.<\/p>\n

Principais recomenda\u00e7\u00f5es<\/h3>\n

Apesar de o mecanismo de transmiss\u00e3o desse fungo, dentro do ambiente de sa\u00fade, ainda n\u00e3o ser conhecido, evid\u00eancias iniciais sugerem que a dissemina\u00e7\u00e3o se d\u00e1 por contato com superf\u00edcies ou equipamentos contaminados de quartos de doentes colonizados ou infectados. Por isso, as principais medidas de preven\u00e7\u00e3o e controle envolvem a\u00e7\u00f5es como: enfatizar a import\u00e2ncia da higieniza\u00e7\u00e3o das m\u00e3os para todos os profissionais de sa\u00fade, visitantes e acompanhantes;\u00a0 a disponibiliza\u00e7\u00e3o continua de insumos para a correta higieniza\u00e7\u00e3o das m\u00e3os e de luvas e aventais para o manejo do paciente e suas secre\u00e7\u00f5es; e a correta paramenta\u00e7\u00e3o para lidar com o ambiente em torno do paciente colonizado ou infectado.<\/p>\n

Rede laboratorial<\/h3>\n

Outro avan\u00e7o importante que o comunicado de risco da Anvisa apresentou foi a cria\u00e7\u00e3o da rede laboratorial para identifica\u00e7\u00e3o de Candida auris. O documento orientou os laborat\u00f3rios de microbiologia quanto aos m\u00e9todos de detec\u00e7\u00e3o desse fungo, j\u00e1 que a identifica\u00e7\u00e3o do mesmo requer m\u00e9todos laboratoriais espec\u00edficos, uma vez que Candida auris pode ser facilmente confundida com outras leveduras, tais como Candida haemulonii<\/em> e Saccharomyces cerevisiae<\/em>.<\/p>\n

Acompanhamento dos casos de fungo resistente<\/h3>\n

O alerta define, ainda, um fluxo de comunica\u00e7\u00e3o, no qual os laborat\u00f3rios de microbiologia dos servi\u00e7os de sa\u00fade devem informar os resultados suspeitos do referido fungo resistente para as comiss\u00f5es de controle de infec\u00e7\u00e3o (CCIHs) do servi\u00e7o de origem da amostra biol\u00f3gica. As CCIHs, por sua vez, devem notificar os casos suspeitos \u00e0 Anvisa. Os resultados tamb\u00e9m s\u00e3o acompanhados pelas coordena\u00e7\u00f5es estaduais de controle de infec\u00e7\u00e3o e pelos laborat\u00f3rios de sa\u00fade p\u00fablica dos estados. Todas\u00a0as recomenda\u00e7\u00f5es da Anvisa sobre o tema\u00a0est\u00e3o dispon\u00edveis no\u00a0Comunicado de risco n\u00ba 01\/2017 \u2013 GVIMS\/GGTEs\/Anvisa em raz\u00e3o dos relatos de surtos de\u00a0Candida\u00a0auris<\/em>.<\/p>\n

Fonte: Anvisa\/ BBC\/ Centers for Disease Control and Prevention<\/p>\n

Foto: Shutterstock<\/p>\n

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Brasil perde a certifica\u00e7\u00e3o de pa\u00eds livre de sarampo<\/a><\/p>\n

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