{"id":33563,"date":"2020-10-20T18:17:41","date_gmt":"2020-10-20T21:17:41","guid":{"rendered":"https:\/\/guiadafarmacia.com.br\/?p=33563"},"modified":"2020-10-20T18:17:41","modified_gmt":"2020-10-20T21:17:41","slug":"uniao-quimica-deve-pedir-registro-da-vacina-russa-a-anvisa-em-novembro","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/guiadafarmacia.com.br\/uniao-quimica-deve-pedir-registro-da-vacina-russa-a-anvisa-em-novembro\/","title":{"rendered":"Uni\u00e3o Qu\u00edmica deve pedir registro da vacina russa \u00e0 Anvisa em novembro"},"content":{"rendered":"

O grupo Uni\u00e3o Qu\u00edmica<\/a> planeja apresentar \u00e0 Ag\u00eancia Nacional de Vigil\u00e2ncia Sanit\u00e1ria (Anvisa)<\/a> os resultados dos testes cl\u00ednicos da vacina russa contra a Covid-19 no in\u00edcio de novembro, para solicitar o registro da vacina no Brasil.<\/p>\n

Segundo o presidente do grupo farmac\u00eautico, Fernando de Castro Marques, t\u00e9cnicos russos chegar\u00e3o ao Brasil na segunda quinzena de novembro para acompanhar a produ\u00e7\u00e3o dos primeiros lotes em territ\u00f3rio nacional.<\/strong><\/p>\n

“N\u00f3s temos o contrato para sermos o produtor para o Brasil e para toda a Am\u00e9rica Latina. \u00c9 evidente que, para isso acontecer, vai depender da Anvisa autorizar e validar todo o processo e conceder o registro da vacina<\/strong>“, disse o executivo em entrevista \u00e0 Ag\u00eancia Brasil.<\/p>\n

A farmac\u00eautica brasileira firmou, em agosto, um contrato de transfer\u00eancia de tecnologia com o Fundo Russo de Investimento Direto (RDIF) e o Instituto de Pesquisa de Epidemiologia e Microbiologia Gamaleya, respons\u00e1vel pelo desenvolvimento da vacina russa.<\/p>\n

T\u00e9cnicos brasileiros estiveram no Gamaleya, em setembro, para um treinamento de 12 dias.<\/p>\n

E a Uni\u00e3o Qu\u00edmica tem trabalhado na prepara\u00e7\u00e3o de sua unidade de biotecnologia em Bras\u00edlia, a Bthek, para receber a tecnologia de produ\u00e7\u00e3o do conte\u00fado da vacina<\/strong>, chamado de ingrediente farmac\u00eautico ativo (IFA).<\/p>\n

Segundo Castro Marques, a avalia\u00e7\u00e3o da Anvisa vai determinar se ser\u00e3o necess\u00e1rios mais testes cl\u00ednicos da vacina no Brasil ou se os resultados obtidos na R\u00fassia s\u00e3o suficientes. <\/strong><\/p>\n

Caso sejam necess\u00e1rios mais testes, a farmac\u00eautica deve conduzi-los.<\/strong><\/p>\n

“Assim que eles receberem os nossos documentos, que disponibilizaremos em um futuro pr\u00f3ximo, eles v\u00e3o avaliar, e isso vai ser fundamental para acelerar o processo de produ\u00e7\u00e3o”, afirmou o executivo, que evitou estimar quantas doses ser\u00e3o produzidas no Brasil, mas afirmou que o n\u00famero poder\u00e1 ser elevado rapidamente no primeiro trimestre de 2021<\/strong>.<\/p>\n

“Estamos avaliando a quantidade que vamos ter j\u00e1 em uma primeira etapa e estamos [nos]preparando para ampliar rapidamente a capacidade de produ\u00e7\u00e3o para atender todo resto da Am\u00e9rica Latina.”<\/p>\n

O envase da vacina<\/strong><\/h2>\n

Al\u00e9m da produ\u00e7\u00e3o do IFA no Brasil, o Grupo Uni\u00e3o Qu\u00edmica avalia tamb\u00e9m como se dar\u00e1 o envase da vacina, processo em que as doses s\u00e3o separadas em frascos. <\/strong><\/p>\n

Unidades do grupo em Guarulhos (SP) e Porto Alegre podem ser mobilizadas para o trabalho.<\/p>\n

Outra alternativa, por\u00e9m, \u00e9 a terceiriza\u00e7\u00e3o do servi\u00e7o.<\/p>\n

“A partir do momento que voc\u00ea tem o produto, a finalidade, ainda mais se tratando de uma vacina, \u00e9 cobrir toda a popula\u00e7\u00e3o brasileira. Assim que tivermos o produto, vamos apresentar ao governo<\/strong>, e o governo, tenho certeza, vai, dentro do SUS, procurar atender \u00e0 demanda existente com a nossa vacina ou outras que poder\u00e3o surgir e ser qualificadas para atender \u00e0 popula\u00e7\u00e3o brasileira”, acrescentou.<\/p>\n

Parceria<\/strong><\/h2>\n

O acordo entre o grupo farmac\u00eautico brasileiro e o laborat\u00f3rio russo foi anunciado no dia 19 de Outubro pelo CEO (diretor executivo) do Fundo Russo de Investimento Direto (RDIF), Kirill Dmitriev, em uma entrevista realizada para jornalistas da Am\u00e9rica Latina.<\/p>\n

Dmitriev informou que o processo de transfer\u00eancia de tecnologia est\u00e1 ocorrendo de forma acelerada por causa da pandemia de Covid-19.<\/strong><\/p>\n

E que, al\u00e9m do Brasil, outros pa\u00edses como China, \u00cdndia e Coreia do Sul tamb\u00e9m produzir\u00e3o doses fora da R\u00fassia.<\/strong><\/p>\n

Vacina Russa<\/strong><\/h2>\n

A Sputnik V est\u00e1 entre as que se encontram em est\u00e1gio mais avan\u00e7ado de desenvolvimento no mundo. <\/strong><\/p>\n

A vacina usa a tecnologia de vetor viral,<\/strong> em que outro tipo de v\u00edrus \u00e9 modificado e utilizado para transportar, dessa maneira, informa\u00e7\u00f5es gen\u00e9ticas do novo coronav\u00edrus<\/strong>.<\/p>\n

Ao entrar em contato com esses genes, o organismo produz defesas e se prepara para quando o novo coronav\u00edrus de fato tentar causar uma infec\u00e7\u00e3o.<\/p>\n

Tamb\u00e9m funcionam dessa forma vacinas como as que est\u00e3o em desenvolvimento pela AstraZeneca\/Oxford, pela Janssen e pela Cansino<\/strong>.<\/p>\n

A Sputnik V, entretanto, \u00e9 a \u00fanica entre elas a usar dois tipos diferentes de adenov\u00edrus humano como vetores virais, um em cada uma das duas doses previstas.<\/p>\n

As demais vacinas desse tipo utilizam apenas um tipo de adenov\u00edrus, humano ou de chimpanz\u00e9, para carregar informa\u00e7\u00f5es gen\u00e9ticas do novo coronav\u00edrus e desencadear a resposta das defesas do organismo.<\/p>\n

Durante a entrevista coletiva, o pesquisador Denis Logunov, do Instituto Gamaleya, explicou que a estrat\u00e9gia de usar dois adenov\u00edrus diferentes busca produzir uma imunidade mais duradoura. <\/strong><\/p>\n

Logunov informou que os testes cl\u00ednicos na R\u00fassia n\u00e3o precisaram ser interrompidos at\u00e9 o momento por qualquer ocorr\u00eancia de efeitos adversos graves. <\/strong><\/p>\n

Foram registrados apenas sintomas leves, como febre ou dor no local da aplica\u00e7\u00e3o.<\/strong><\/p>\n

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Fonte: Ag\u00eancia Brasil<\/p>\n

Foto: Divulga\u00e7\u00e3o<\/p>\n

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