{"id":46118,"date":"2021-05-17T09:00:58","date_gmt":"2021-05-17T12:00:58","guid":{"rendered":"https:\/\/guiadafarmacia.com.br\/?p=46118"},"modified":"2021-05-13T16:52:39","modified_gmt":"2021-05-13T19:52:39","slug":"obesidade0-aumenta-risco-de-infeccao-em-ate-86-por-covid-19","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/guiadafarmacia.com.br\/obesidade0-aumenta-risco-de-infeccao-em-ate-86-por-covid-19\/","title":{"rendered":"Obesidade aumenta risco de infec\u00e7\u00e3o em at\u00e9 86% por Covid-19"},"content":{"rendered":"

Pesquisas e observa\u00e7\u00f5es cl\u00ednicas t\u00eam mostrado que o excesso de peso deixa um paciente com Covid-19 mais vulner\u00e1vel ao agravamento da doen\u00e7a.<\/p>\n

Um estudo apresentado na edi\u00e7\u00e3o deste ano do Congresso Europeu sobre Obesidade mostra que a obesidade e o sobrepeso tamb\u00e9m podem aumentar o risco de um indiv\u00edduo ser infectado pelo novo coronav\u00edrus. <\/strong><\/p>\n

Em m\u00e9dia, a cada ponto a mais no \u00edndice de massa corporal, o IMC<\/a>, h\u00e1 um acr\u00e9scimo de cerca de 2% na possibilidade de se testar positivo para infec\u00e7\u00e3o pelo Sars-CoV-2.<\/p>\n

A equipe de cientistas, liderada por Hadar Milloh-Raz, do Centro M\u00e9dico Chaim Sheba, em Israel, alerta que pessoas acima do peso e com outras comorbidades, como hipertens\u00e3o ou diabetes, est\u00e3o em uma situa\u00e7\u00e3o ainda mais delicada.<\/strong><\/p>\n

\u201c\u00c0 medida que o IMC sobe acima do normal, a probabilidade de um resultado positivo do teste aumenta, mesmo quando ajustado para uma s\u00e9rie de vari\u00e1veis do paciente. Al\u00e9m disso, algumas das comorbidades associadas \u00e0 obesidade parecem estar associadas a um risco aumentado de infec\u00e7\u00e3o\u201d<\/strong>, escrevem, em comunicado.<\/p>\n

Mais estudos sobre a rela\u00e7\u00e3o entre a obesidade e a infec\u00e7\u00e3o<\/strong><\/h2>\n

O estudo foi conduzido no maior complexo hospitalar do Oriente M\u00e9dio.<\/p>\n

No in\u00edcio da pandemia, o Centro M\u00e9dico Chaim Sheba adotou a pol\u00edtica de que todos os pacientes internados fossem testados para Covid-19 independentemente dos sintomas apresentados ou do motivo da admiss\u00e3o. <\/strong><\/p>\n

Entre 16 de mar\u00e7o de 2020 e 31 de dezembro de 2020, 26.030 pessoas foram testadas.<\/strong><\/p>\n

Sendo que 1.178 apresentaram um resultado positivo para a infec\u00e7\u00e3o pelo novo coronav\u00edrus, o equivalente, ent\u00e3o, a 4,5% dos pacientes.<\/strong><\/p>\n

A equipe tamb\u00e9m mediu o IMC de todos hospitalizados e considerou outras informa\u00e7\u00f5es que poderiam interferir no quadro de vulnerabilidade. <\/strong><\/p>\n

S\u00e3o elas: idade, sexo e presen\u00e7a de comorbidades, incluindo insufici\u00eancia card\u00edaca congestiva, diabetes mellitus, hipertens\u00e3o.<\/strong><\/p>\n

E tamb\u00e9m doen\u00e7a isqu\u00eamica do cora\u00e7\u00e3o, acidente vascular cerebral e doen\u00e7a renal cr\u00f4nica.<\/strong><\/p>\n

Contido, as an\u00e1lises mostram que, considerando indiv\u00edduos sem problemas com a balan\u00e7a.<\/p>\n

Dessa maneira, o risco de infec\u00e7\u00e3o entre obesos n\u00e3o s\u00f3 aumenta como fica maior conforme a gravidade do excesso de peso.<\/p>\n

Pacientes classificados com sobrepeso (IMC entre 25 e 29,9) apresentaram risco 22% maior de testar positivo. <\/strong><\/p>\n

Naqueles com obesidade grau 1 (IMC de 30 a 34,9), a taxa subiu para 27%, com grau 2 (IMC de 35 a 39,9), para 38%, e com grau 3 (IMC igual ou maior que 40), para 86%.<\/strong><\/p>\n

A equipe tamb\u00e9m encontrou associa\u00e7\u00f5es positivas e negativas entre a probabilidade de testar positivo para o Sars-CoV-2 e a presen\u00e7a de comorbidades ligadas \u00e0 obesidade.<\/p>\n

Em hipertensos, por exemplo, o risco \u00e9 seis vezes maior.<\/p>\n

O diabetes, por sua vez, foi associado a um aumento de 30%.<\/p>\n

Por outro lado, a ocorr\u00eancia de AVC, doen\u00e7a isqu\u00eamica do cora\u00e7\u00e3o e doen\u00e7a renal cr\u00f4nica parece reduzir o risco: em 39%, 55% e 45%, respectivamente.<\/p>\n

Contudo, os autores n\u00e3o explicam, no estudo, as raz\u00f5es ligadas \u00e0s quedas.<\/p>\n

Gordura abdominal<\/strong><\/h2>\n

Tamb\u00e9m apresentado no congresso europeu, um estudo mostra que a gordura abdominal pode ser melhor que o IMC para avaliar a necessidade de uma pessoa com Covid-19 precisar de interna\u00e7\u00e3o hospitalar. <\/strong><\/p>\n

Os cientistas, do Policlinico San Donato, na It\u00e1lia, chegaram \u00e0 conclus\u00e3o analisando ambos os m\u00e9todos de mensura\u00e7\u00e3o com o escore de gravidade da radiografia de t\u00f3rax (CXR), que avalia o desempenho pulmonar de um indiv\u00edduo.<\/p>\n

O CXR pode ter um m\u00e1ximo de 18 pontos, sendo, nesse estudo, um escore alto definido como oito ou mais pontos.<\/strong><\/p>\n

Rela\u00e7\u00e3o da obesidade x infec\u00e7\u00e3o<\/strong><\/h2>\n

A equipe avaliou dados de 215 pacientes internados no hospital italiano. <\/strong><\/p>\n

Aqueles com obesidade abdominal apresentaram escores de gravidade CXR significativamente maiores (mediana 9), em compara\u00e7\u00e3o ao sem obesidade abdominal (mediana 6).<\/p>\n

De uma forma geral, pacientes com obesidade abdominal tinham risco 75% maior de um escore de gravidade CXR mais alto .<\/p>\n

E, portanto, um pior resultado relacionado \u00e0 Covid-19, quando comparados aos sem esse tipo de complica\u00e7\u00e3o na barriga.<\/strong><\/p>\n

Ent\u00e3o, ao olhar para o m\u00e9todo\u00a0 usado, o IMC, os cientistas n\u00e3o perceberam diferen\u00e7as estatisticamente significativas nas pontua\u00e7\u00f5es entre aqueles com peso normal, sobrepeso ou obesidade geral.<\/p>\n

\u201cA obesidade abdominal pode predizer um escore alto de gravidade na radiografia de t\u00f3rax melhor do que a obesidade geral em pacientes hospitalizados com Covid-19. Portanto, no hospital, a circunfer\u00eancia da cintura deve ser medida, e os pacientes com obesidade abdominal devem ser monitorados de perto\u201d<\/strong>, defendem.<\/p>\n

Mortes por Covid-19<\/strong><\/h2>\n

Um estudo divulgado, neste m\u00eas, pela Federa\u00e7\u00e3o Mundial de Obesidade mostra que 90% dos \u00f3bitos por covid-19 ocorreram em pa\u00edses com altas taxas de obesidade.<\/p>\n

Ou seja, das 2,5 milh\u00f5es de mortes pelo Sars-CoV-2, 2,2 milh\u00f5es foram, ent\u00e3o, registradas em na\u00e7\u00f5es com altos n\u00edveis de obesidade. <\/strong><\/p>\n

Em m\u00e9dia, a taxa de mortalidade pela doen\u00e7a desencadeada pelo novo coronav\u00edrus \u00e9 10 vezes maior nos locais em que mais da metade da popula\u00e7\u00e3o est\u00e1 acima do peso<\/strong>.<\/p>\n

A saber, o estudo \u00e9 resultado de um cruzamento de dados da Johns Hopkins University, nos Estados Unidos, e do Observat\u00f3rio de Obesidade, ligado \u00e0 Organiza\u00e7\u00e3o Mundial da Sa\u00fade (OMS).<\/a><\/p>\n

Os autores defendem que pessoas com obesidade fa\u00e7am parte dos grupos priorit\u00e1rios de vacina.<\/strong><\/p>\n

Coronav\u00edrus: obesidade pode prejudicar efic\u00e1cia da vacina\u00a0<\/a><\/p>\n

Fonte: Correio Braziliense<\/p>\n

Foto: Shutterstock<\/p>\n

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