{"id":60167,"date":"2022-05-09T16:24:42","date_gmt":"2022-05-09T19:24:42","guid":{"rendered":"https:\/\/guiadafarmacia.com.br\/?p=60167"},"modified":"2022-06-21T14:41:35","modified_gmt":"2022-06-21T17:41:35","slug":"anvisa-aprova-novo-tratamento-da-pfizer-para-cancer-de-mama","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/guiadafarmacia.com.br\/anvisa-aprova-novo-tratamento-da-pfizer-para-cancer-de-mama\/","title":{"rendered":"Anvisa aprova novo tratamento da Pfizer para c\u00e2ncer de mama"},"content":{"rendered":"

Pacientes com c\u00e2ncer de mama HER2-negativo, com muta\u00e7\u00e3o heredit\u00e1ria no gene BRCA1\/2, ter\u00e3o nova op\u00e7\u00e3o de tratamento no Brasil.<\/p>\n

Um novo medicamento acaba de ser aprovado pela Ag\u00eancia Nacional de Vigil\u00e2ncia Sanit\u00e1ria (Anvisa)<\/a>.<\/p>\n

O novo tratamento<\/strong><\/h2>\n

Talzenna (talazoparibe) tem indica\u00e7\u00e3o para a doen\u00e7a que j\u00e1 se espalhou para outras partes do corpo, incluindo ossos, f\u00edgado, pulm\u00e3o ou c\u00e9rebro[1][2](localmente avan\u00e7ada ou metast\u00e1tica) e que j\u00e1 foi, portanto, tratada inicialmente com quimioterapia.<\/p>\n

A adi\u00e7\u00e3o dessa medica\u00e7\u00e3o oral, tomada uma vez ao dia, pode, ent\u00e3o., aumentar com o tempo de controle desse tipo de c\u00e2ncer, ao diminuir o tumor ou retardar sua progress\u00e3o[3].<\/strong><\/p>\n

Mantendo, portanto, a qualidade de vida dos pacientes[4],<\/sup>[5]<\/sup>.<\/strong><\/p>\n

\u201cA aprova\u00e7\u00e3o de Talzenna \u00e9 o exemplo mais recente de nossa abordagem bem-sucedida de medicina de precis\u00e3o\u201d, ressalta, portanto, a diretora m\u00e9dica da Pfizer Brasil, Adriana Ribeiro.<\/p>\n

Este importante marco, completa, baseia-se no legado da Pfizer de desenvolver tratamentos que melhorem as vidas das pessoas. <\/strong><\/p>\n

\u201cEstamos entusiasmados por fortalecer o arsenal terap\u00eautico com uma medica\u00e7\u00e3o para os pacientes do Brasil, que, muitas vezes, s\u00e3o, portanto, diagnosticados, ent\u00e3o, com esse tipo de c\u00e2ncer em uma idade jovem e t\u00eam op\u00e7\u00f5es de tratamento limitadas \u00e0 quimioterapia\u201d.<\/p>\n

DNA<\/strong><\/h2>\n

Quando o DNA dentro de uma c\u00e9lula \u00e9 danificado, as prote\u00ednas BRCA trabalham, ent\u00e3o, junto com outras para ajudar a reparar o defeito.<\/p>\n

Se as c\u00e9lulas tiverem uma muta\u00e7\u00e3o no gene BRCA, a corre\u00e7\u00e3o n\u00e3o ocorre \u2013 e isso, \u00e0s vezes, pode causar, ent\u00e3o, a forma\u00e7\u00e3o de certos tipos de c\u00e2ncer, como o de mama[6].<\/p>\n

Nesse caso, como as c\u00e9lulas cancerosas t\u00eam prote\u00ednas BRCA defeituosas, elas dependem, portanto, de outras prote\u00ednas de reparo de DNA, as chamadas PARP, para manter o c\u00e2ncer vivo.<\/p>\n

Talazoparibe \u00e9 uma media\u00e7\u00e3o que faz parte de uma classe de drogas que tamb\u00e9m \u00e9 conhecida como inibidores da PARP.<\/p>\n

Defeito pode ser identificado em teste gen\u00e9tico<\/strong><\/h2>\n

Os genes BRCA1 e\/ou BRCA 2 mutantes podem ser passados de uma gera\u00e7\u00e3o para outra[7], o que explica a exist\u00eancia de fam\u00edlias com hist\u00f3ria de c\u00e2ncer de mama em v\u00e1rias gera\u00e7\u00f5es.<\/p>\n

A muta\u00e7\u00e3o pode ser descoberta por meio de testes gen\u00e9ticos, servindo para identificar precocemente pessoas mais suscet\u00edveis ao c\u00e2ncer.<\/p>\n

E encaminh\u00e1-las, ent\u00e3o, para o acompanhamento adequado por profissional de sa\u00fade, que ir\u00e1 avaliar, portanto, a necessidade de interven\u00e7\u00f5es m\u00e9dicas.<\/p>\n

Estudos epidemiol\u00f3gicos indicam que pessoas com c\u00e2ncer de mama com muta\u00e7\u00f5es nos genes BRCA 1 e BRCA 2 s\u00e3o diagnosticadas com faixas et\u00e1rias mais precoces quando comparadas \u00e0 popula\u00e7\u00e3o em geral de c\u00e2ncer de mama, portanto, entre 30 e 40 anos e 40 a 50 anos, respectivamente.\u00a0 <\/strong><\/p>\n

Muta\u00e7\u00e3o\u00a0<\/strong><\/h2>\n

A muta\u00e7\u00e3o, no entanto, n\u00e3o \u00e9 muito comum, estando presente em apenas cerca de 0,1% da popula\u00e7\u00e3o[8].<\/p>\n

Todavia, apesar disso, quando presente, os genes BRCA1 e BRCA2 mutantes elevam o risco de c\u00e2ncer de mama de 50% a 85%8<\/sup>.<\/p>\n

Dessa maneira, ainda est\u00e3o relacionados \u00e0 maior chance de um segundo diagn\u00f3stico da doen\u00e7a, ou seja, a mulher com muta\u00e7\u00f5es do BRCA1 e BRCA2 tem alto risco de ter um novo c\u00e2ncer de mama, mesmo que tenha, ent\u00e3o, conseguido se curar de outro previamente8<\/sup>.<\/p>\n

Nos homens<\/strong><\/h2>\n

J\u00e1 homens portadores dos genes BRCA1 ou BRCA2 mutantes tamb\u00e9m t\u00eam, ent\u00e3o, um risco aumentado, por\u00e9m menor, de cerca de 10% para o c\u00e2ncer de mama.<\/p>\n

No entanto, por outro lado, nesses indiv\u00edduos, de desenvolver c\u00e2ncer de pr\u00f3stata \u00e9 at\u00e9 cinco vezes maior8<\/sup>.<\/p>\n

Refer\u00eancias<\/strong><\/span><\/p>\n

[1]\u00a0Litton JK, Rugo HS, Ettl J, et al. Talazoparib in patients with advanced breast cancer and a germline BRCA mutation. Engl J Med 2018;379:753-63. DOI: 10.1056\/NEJMoa1802905<\/p>\n

[2]\u00a0O\u2019Shaughnessy J. Extending Survival with Chemotherapy in Metastatic Breast Cancer. The Oncologist. 2005;10:20-29\u00a0https:\/\/doi.org\/10.1634\/theoncologist.10-90003-20<\/a><\/p>\n

[3]\u00a0Litton JK, Rugo HS, Ettl J, et al. Talazoparib in patients with advanced breast cancer and a germline BRCA mutation. N Engl J Med. 2018;379(8):753-763.<\/p>\n

[4]<\/sup>\u00a0O\u2019Shaughnessy J. Extending Survival with Chemotherapy in Metastatic Breast Cancer. The Oncologist. 2005;10:20-29.<\/p>\n

[5]<\/sup>\u00a0Smith I. Goals of treatment for patients with metastatic breast cancer. Semin Oncol. 2006 Feb; 33(1 Suppl 2): S2-5.<\/p>\n

[6]<\/sup>\u00a0National Cancer Institute. BRCA mutations: Cancer risk and genetic testing.\u00a0https:\/\/www.cancer.gov\/about-cancer\/causes-prevention\/genetics\/brca-fact-sheet<\/a>. Acesso em fevereiro de 2022.<\/p>\n

[7]<\/sup>\u00a0Kleibl Z, Kristensen VN. Women at high risk of breast cancer: molecular characteristics, clinical presentation and management. The Breast. 2016;28:136-144.<\/p>\n

[8]\u00a0MD.Sa\u00fade – O que s\u00e3o os genes BRCA1 e BRCA2? Dispon\u00edvel em:\u00a0https:\/\/www.mdsaude.com\/ginecologia\/cancer-de-mama-brca\/<\/a>. Acesso em fevereiro de 2022.<\/p>\n

Fonte: Pfizer<\/p>\n

Foto: Shutterstock<\/p>\n

\n
\n