Hoje, a filial brasileira da Zambon representa a quarta maior operação da companhia no mundo e vem crescendo consideravelmente nos últimos anos
A farmacêutica Zambon está presente no Brasil há 60 anos, e conta com uma equipe de aproximadamente 300 colaboradores distribuídos por todo País
Hoje, a filial brasileira da Zambon representa a quarta maior operação da companhia no mundo e vem crescendo consideravelmente nos últimos anos. Confira a entrevista exclusiva com o presidente da Zambon no Brasil, Rogério Frabetti.
Guia da Farmácia – Quais os resultados mais recentes da companhia? Quais foram os maiores alicerces para eles?
Rogério Frabetti – Em função do cenário que vivemos com a pandemia, encerramos o ano passado com um resultado flat, ou seja, bem similar ao de 2019. Obviamente fomos atingidos pelo isolamento social, que reduziu consultas médicas e cirurgias, além de retardar alguns diagnósticos. A venda de alguns produtos sazonais caiu de 15% a 20% – no mercado este índice variou de 30% a 40%; outros tiveram uma performance melhor, que permitiu manter os resultados de 2019. Diante desse cenário, revisamos nosso modelo operacional em busca de maior competitividade e adaptabilidade às condições do mercado. Assumimos o modelo híbrido (face to face e digital), que deverá ser um importante caminho para atender nossos principais clientes.
Neste período, procuramos ficar mais próximos dos nossos colaboradores e buscamos unir forças para passarmos pelo ano de 2020, de forma a preservar a sustentabilidade do negócio, além de aprendermos juntos a construir o novo modelo que passa a vigorar a partir de 2021.
Guia – Quais os planos para 2021? De que forma a Covid-19 deve impactar nos resultados?
Frabetti – Pretendemos lançar quatro novos produtos e nossa expectativa é crescer 20% este ano no Brasil. Estamos investindo em pesquisas locais – uma delas focada em terapias de prevenção e tratamento das complicações causadas pela Covid-19.
A implantação do novo modelo operacional híbrido, os investimentos em transformação digital e pesquisa e desenvolvimento (P&D) serão pilares importantes no crescimento de 2021.
Acreditamos que 2021 ainda será um ano de restrições e impactos em vários setores e que tudo depende da velocidade da imunização da população. Diferentemente do ano anterior, estamos agora mais preparados e planejados para lidar com o novo cenário. Certamente o segundo semestre será de retomada econômica.
Guia – Quantos medicamentos possuem hoje no portfólio? Quais tipos de medicamentos, há alguma linha fitoterápica, quais classes terapêuticas são cobertas?
Frabetti – A Zambon tem 13 marcas promovidas em cinco áreas terapêuticas.
A Zambon Brasil atua fortemente no mercado respiratório, saúde feminina, dor, sistema nervoso central e doenças raras.
Atualmente, a linha respiratória é responsável por 35% do nosso negócio, tendo o Fluimucil® como carro-chefe. O medicamento é alvo de pesquisas em andamento na Europa e no Brasil devido a sua ação antioxidante que atua diretamente sobre o stress oxidativo causado pela Covid-19.
Guia – Planejam lançar algum medicamento esse ano? Para quais patologias?
Frabetti – Este ano será muito importante para a Zambon com diversos lançamentos. Teremos quatro produtos sendo lançados.
Este mês será a vez do Filtrair®, um produto a base de celulose micronizada, desenvolvido na Inglaterra e que tem a capacidade de criar uma barreira nasal protetora contra vírus, bactérias e alérgenos.
Lançamos também uma linha de suplemento de Ferro.
Em abril, lançaremos ReformTM, nova linha de suplementos alimentares, que contribui para duas condições de alta prevalência e muito sérias que são a osteoporose e osteosarcopenia.
Em julho, teremos o lançamento do Xadago®, a Safinamida, que é uma inovação no tratamento da Doença de Parkinson por promover avanços importantes na qualidade de vida do paciente.
Guia – Onde está localizado o parque fabril da empresa? Qual a atual capacidade produtiva?
Frabetti – Nosso novo parque fabril está localizado em Barueri (SP) com modernas instalações, laboratório de qualidade, armazenagem e logística, com capacidade produtiva para absorver nosso plano de crescimento e, também, a produção para terceiros.
Para este ano, temos uma expectativa de ampliar o volume produzido em 30% com os novos lançamentos. Também estamos conduzindo estudos técnicos na fábrica para incorporar a produção de novas linhas de medicamentos.
Guia – Quais mudanças ocorreram nas fábricas devido ao novo Coronavírus?
Frabetti – Desde o início da pandemia, intensificamos os cuidados com as pessoas e processos. Nossa fábrica não parou nenhum dia e, para isso, incrementamos várias medidas de segurança – álcool em gel em vários pontos da planta, distanciamento necessário entre os colaboradores e escalas diferenciadas para almoço em nossa copa. Também realizamos várias baterias do exame PCR, especialmente em quem retornava de férias e após as festas de fim de ano. Nosso sentimento é de muita esperança com a vacina.
Temos o maior orgulho de participar do “Missão Covid”, que é reconhecido internacionalmente como um dos cinco maiores projetos de impacto global no atendimento remoto. São mais de 1.400 médicos voluntários que já atenderam cerca de 85 mil pessoas. Estimulamos o voluntariado e viabilizamos recursos financeiros por acreditar em projeto tão valioso neste momento desafiador que enfrentamos.
Fonte: Guia da Farmácia
Foto: Zambon
1 comentário
Bom dia
Vocês deixaram de fabricar o Glitisol G e o Glitisol em cápsulas de 500 mg?