O setor da saúde foi guindado para as manchetes dos principais veículos do País e faz parte da linha de enfrentamento da crise provocada pelo Coronavírus, dando respostas ágeis, mediante um cenário que não podia ser vislumbrado há apenas um ano. Alinhado a isto, a tecnologia tem tido uma participação importante não só nessa guerra que se estabeleceu pela pandemia, mas em todas as frentes da saúde por meio da telemedicina.
A telemedicina vem sendo discutida há anos e foi normatizada em caráter excepcional e temporário, em virtude da pandemia. Ela tem possibilitado o distanciamento social e até mesmo evitado o contágio de pessoas que puderam ser diagnosticadas a distância.
Mas isto é tudo que pode ser feito? O que nos reserva o futuro próximo? Hoje, a telemedicina é utilizada por planos de saúde, hospitais e clínicas, mas pode encurtar distâncias em um país continental como o Brasil.
Sua tendência é evoluir e ampliar seu espectro de abrangência, contribuindo para tornar a saúde mais acessível e eficiente. Mas ela teria uma atuação limitada sem outras soluções como, por exemplo, a prescrição eletrônica efetiva, que elimina totalmente a necessidade da prescrição impressa por meio de uma assinatura digital do profissional de saúde, integrada a uma rede de farmácias com cobertura nacional. Isso permite que um amplo portfólio de medicamentos seja disponibilizado para toda população num processo mais simples de promoção médica.
Por outro lado, a rápida desospitalização, ou transferência do paciente do hospital para sua residência, é cada vez mais valorizada. O fato de estar em um ambiente familiar afeta o indivíduo de forma positiva, fazendo com que sua recuperação seja mais rápida e menos traumática.
Neste aspecto, os serviços de home care cumprem um papel decisivo, mas em um futuro próximo, veremos progredir o uso de tecnologias que possibilitem o rastreamento constante das condições crônicas e agudas do paciente em sua própria casa.
A internet 5G, pela sua velocidade e disponibilidade, permitirá que equipamentos remotos transfiram informações em tempo real e que até mesmo a dosagem de um medicamento adicionado ao soro possa ser alterada sem a presença física do profissional da saúde, independentemente de sua localização.
Tudo isto por meio de sistemas de monitoramento de resposta remoto e sistemas de resposta emergencial pessoal. Como se fossem uma evolução dos wearables utilizados atualmente por atletas.
A Inteligência Artificial (IA) é outro trunfo nesse futuro próximo, pois possibilitará a documentação clínica e análise preditiva, em substituição ao acompanhamento manual e registro das condições do paciente. A IA juntamente com a Internet das Coisas, atuarão como auxiliares no atendimento proporcionado pelos cuidadores e familiares de pacientes, por acompanhar a par e passo todas as ações, monitorando “o que” e “como” os procedimentos estão sendo cumpridos.
Este futuro está próximo.
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