O sucesso desse processo depende da digitalização não apenas das ferramentas, mas também das equipes que atuam na farmácia
A digitalização tornou-se uma necessidade para a sobrevivência das farmácias. O mercado, impulsionado por consumidores exigentes e cada vez conectados, demanda uma resposta à altura. Ir além da simples implementação de e-commerce ou descontos é fundamental para colher os verdadeiros benefícios desse processo.
Na minha experiência de mais de quatro décadas trabalhando com o varejo farmacêutico e no meu dia a dia na liderança da Febrafar, fica claro que a digitalização é muito mais do que a oferta de produtos on-line.
Ela envolve uma transformação completa, que vai desde a administração interna até a interação com os consumidores. Uma gestão eficiente, aliada à capacidade de analisar dados relevantes para a tomada de decisão, torna-se essencial para manter-se competitivo em um mercado em constante evolução. O sucesso desse processo depende da digitalização não apenas das ferramentas, mas também das equipes que atuam na farmácia.
Afinal, ter as melhores soluções é inútil sem que haja pessoas capazes de aproveitá-las ao máximo. A digitalização atinge aspectos práticos e rotineiros, como a identificação de gastos desnecessários, o correto preenchimento de informações no balcão da farmácia, uma precificação competitiva e a definição do mix ideal de produtos que os clientes buscam na sua farmácia. Um ponto que eu gostaria de destacar é que entender o comportamento do consumidor é uma das maiores vantagens da digitalização.
Conhecer os hábitos de consumo permite ajustar estratégias, personalizar ofertas e fidelizar mais clientes. É com este olhar que, há 24 anos, a Febrafar vem desenvolvendo e aprimorando soluções inovadoras que otimizam a administração, garantem compras assertivas e impulsionam as vendas, contribuindo para a prosperidade do negócio.
Na prática, a automação de processos internos favorece ganhos de qualidade e a transformação da experiência do cliente na loja. Para farmácias independentes, o associativismo pode ser uma alternativa, por oferecer ferramentas que facilitam a transição para a era digital. Ter as ferramentas disponíveis é apenas o primeiro passo. A eficácia da digitalização está diretamente ligada à sua implementação prática. Muitas farmácias possuem as ferramentas necessárias, mas não as utilizam plenamente.
O caminho é transformar o aprendizado em ação, iniciar a digitalização antes que seja tarde demais e garantir que todos os processos operacionais sejam contemplados. Quando automatizamos os processos, tomamos decisões baseadas em dados e oferecemos jornadas de compra personalizadas, fidelizamos os clientes e aumentamos as vendas. Em resumo, a digitalização não é apenas uma tendência, mas, sim, uma necessidade para sobreviver no mercado.
Edison Tamascia
Empresário do setor farmacêutico, com 50 anos de atuação no segmento, palestrante e um dos principais defensores do associativismo do país. Sendo presidente da Febrafar, que congrega 67 redes associativistas e representa mais de 15.000 PDVs, e presidente da Farmarcas, administradora de redes que gerencia mais de 1.500 PDVs, e da Rede Ultra Popular. Também é presidente do conselho administrativo da SP Farma Metropolitana (Rede Super Popular), com dezenas unidades no Estado de São Paulo.
