Entenda melhor o porquê dos problemas circulatórios piorarem no inverno e como ajudar o paciente a sofrer menos
Há uma relação direta entre o inverno e o aumento significativo de casos de internações por doenças cardiovasculares. Entre elas, insuficiência cardíaca, infarto agudo do miocárdio e certos tipos de arritmia.
Segundo a American Heart Association (AHA), no inverno, há um crescimento de até 25% dessas patologias. Para compensar a perda de calor, há um mecanismo na natureza chamado de homeostase (manutenção do equilíbrio interno).
Entre esses mecanismos, há uma vasoconstrição dos vasos do corpo, fazendo com que o sangue encontre maior resistência para circular, o que aumenta a pressão arterial e a possibilidade (em pessoas com doenças cardíacas prévias conhecidas ou não) de eventos cardiovasculares, dos mais leves aos mais graves, como angina, infarto, arritmia, Acidente Vascular Cerebral (AVC) e morte súbita.
Confira as dicas do médico cirurgião vascular do Hospital Edmundo Vasconcelos, Dr. Walter Campos Junior; do chefe de equipe de Cirurgia Vascular e Endovascular da Unidade Pompéia na Rede de Hospitais São Camilo, Dr. Fábio Rodrigues Ferreira do Espírito Santo; e do cardiologista e diretor médico assistencial do São Cristóvão Saúde, Dr. Fernando Barreto, para evitar problemas circulatórios no inverno:
- Aquecer o corpo e os membros com roupas adequadas, como luvas e meias frouxas, para diminuir a vasoconstrição e o aumento da pressão arterial.
- Se houver sintomas mais graves no Fenômeno de Raynaud (FR), consultar um médico para indicar o uso de medicamentos vasodilatadores.
- Manter uma boa ingestão de líquidos.
- Controlar as doenças associadas, como diabetes, colesterol e hipertensão.
- Não fumar.
- Não aplicar compressas quentes, ou escalda-pés nos casos de extremidades frias por causas vasculares, pois aumenta o risco de queimaduras.
- Manter uma rotina de atividade física, que garanta uma boa circulação colateral em caso de obstruções.
- Garantir um acompanhamento regular com o médico, seja ele clínico geral ou cardiologista, para fazer exames preventivos periódicos e, se necessário, fazer uso da medicação indicada de forma regular, sem suspender por iniciativa própria e/ou de familiares
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