Exclusivo – Dia Mundial do Rim: veja a conexão entre o diabetes e as complicações renais

Estudo da Bayer mostra que 70% dos entrevistados demonstram estar cientes de que uma das principais causas de morte em pessoas com DM2 se deve às complicações renais

No dia 14 de março celebra-se o Dia Mundial do Rim, uma iniciativa voltada para informar a população sobre as doenças renais, destacando a importância da prevenção e da adoção de práticas saudáveis.

dia mundial do rim

Médica endocrinologista e líder médica da área cardiorrenal na Bayer Brasil, Dra. Isabella Laba. Crédito: divulgação

Os rins desempenham um papel crucial no nosso organismo, sendo responsáveis por filtrar o sangue, eliminar toxinas, regular o excesso de líquidos e consequentemente regular a pressão arterial.

De acordo com a Organização Internacional World Kidney Day, estima-se que 10% da população mundial, o
equivalente a 850 milhões de pessoas, enfrenta alguma forma de doença renal crônica – uma condição séria que, se não tratada, pode ser fatal.

Entre as doenças renais, a Doença Renal do Diabetes Mellitus Tipo 2 (DRD) figura como uma das mais comuns. Segundo explica a médica endocrinologista e líder médica da área cardiorrenal na Bayer Brasil, Dra. Isabella Laba.

“As complicações renais associadas a essa condição podem reduzir significativamente a expectativa de vida, chegando a até 16 anos. Nos estágios iniciais, a DRD tende a ser assintomática, tornando o monitoramento regular dos níveis de proteína na urina e a avaliação da função renal essenciais para um diagnóstico precoce”, alerta a especialista.

Dia Mundial dos Rins: por que o diabetes pode trazer complicações?

Os rins estão totalmente conectados com o sistema cardiovascular. O sangue bombeado pelo coração precisa ser purificado nos rins. E pra o rim funcionar, ele precisa da circulação correta do sangue, conforme esclarece a Dra. Isabella.

Por isso, muitas vezes o paciente renal crônico também tem alterações cardíacas e, em estágios mais avançados, o diabetes não apenas compromete a função renal, podendo levar à hemodiálise ou necessidade de transplante renal, mas também pode resultar em complicações cardiovasculares, como infarto, derrame, insuficiência cardíaca impactando negativamente na qualidade de vida do paciente.

“Atualmente, as complicações cardiovasculares associadas ao Diabetes Mellitus Tipo 2 (DM2) mal controlado
representam a principal causa de morte relacionada a essa doença”, acrescenta.

Alerta para complicações

Segundo levantamento realizado pelo Instituto IPSOS, a pedido da divisão farmacêutica da Bayer, 83% dos brasileiros com DM2 se preocupam com a saúde dos rins e do coração, mas sentem mais medo de complicações como amputação ou prejuízo à visão.

“O estudo ainda mostra que quase 70% dos entrevistados demonstram estar cientes de que uma das principais causas de morte em pessoas com DM2 se deve às complicações renais, mas metade deles nunca consultou um nefrologista -, ainda que 10% tenham recebido a indicação de passar por esse especialista”, aponta a médica da Bayer.

Além disso, os que chegam a consultar este profissional demoram, em média, três anos desde o diagnóstico de DM2 para de fato realizar a consulta. Como é uma doença silenciosa pelo fato de não apresentar sintomas na maioria dos casos, a realização de exames simples de sangue e urina anualmente é fundamental para avaliar a função renal desde o diagnóstico inicial do diabetes – para que o manejo seja implementado em fases iniciais para impedir a progressão e evitar complicações, como a hemodiálise ou o transplante renal.

Essa prática também deve ser implementada para o rastreio das complicações cardiovasculares, estas condições frequentes e precoces na jornada do paciente com doença renal do diabetes.

“Importante salientar que a doença renal crônica não tem cura, mas há medicamentos eficazes e seguros capazes de reduzir o risco de progressão da doença renal nesse perfil de pacientes. Esses tratamentos proporcionam não apenas benefícios na preservação da função renal, mas também reduzem significativamente a incidência de eventos cardiovasculares, oferecendo uma melhor qualidade de vida aos pacientes com diabetes”, finaliza a Dra. Isabella.

Referência

Agência Nacional de Saúde Suplementar. Disponível em: www.gov.br/ans/pt-br/assuntos/noticias/sobre-ans/dia-mundial. Acesso em: 04/03/2024

Foto: Shutterstock

CFF vai regulamentar competências clínicas do farmacêutico no cuidado em diabetes

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