Globe Química investe R$ 14 mi para elevar produção de insumos

Entre os produtos fabricados pela Globe Química em Campinas estão a produção de sedativos para dor, usados no tratamento graves da Covid-19

A Globe Química, anunciou um investimento de 14 milhões de reais para expandir a capacidade de produção de sua fábrica em Campinas, no interior de São Paulo.

Entre os produtos fabricados pela companhia estão sedativos para dor.

Este, que têm sido muito demandados no tratamento de pacientes graves de covid-19 e que necessitam de intubação.

“Novas dinâmicas do mercado internacional em razão da covid-19 nos permitem, assim, investir e dobrar nossa capacidade de produção, porque é provável que vai faltar insumo no mundo”, afirma o presidente da Globe Química, Antonio Carlos Teixeira.

A Globe produz, então, insumos para medicamentos que tratam cardiopatias, Aids, reguladores de pressão, entre outros.

Nova Unidade

Além do investimento na ampliação da unidade fabril, a companhia adquiriu recentemente a Alpha BR.

Uma empresa criada no centro de inovação da USP (Cietec), que se dedica, enfim, à pesquisa de fármacos de alto valor agregado para a produção de medicamentos.

“Dessa forma, a aquisição permitirá que a Globe agregue novos produtos ao portfólio e proporcionará acesso a pesquisadores e laboratórios de ponta”, garante o executivo.

Ele explica, no entanto, que o lockdown do início da pandemia restringiu o comércio internacional de insumos farmacêuticos, fábricas permaneceram fechadas e o frete aéreo ficou mais caro.

Isto por sua vez reforçou a oportunidade para a empresa investir em aumento de capacidade de produção.

No entanto, o movimento é raro porque ao longo das décadas a produção nacional de insumos farmacêuticos vem caindo.

Segundo Teixeira, desde o final da década de 1980, de todo medicamento consumido no Brasil, 55% dos princípios ativos eram produzidos em território nacional. Hoje, são apenas 10%.

Todavia, a Globe pretende, de fato, elevar a capacidade da fábrica de Campinas.

“A maior parte do nosso desenvolvimento de produtos é cara e de longo prazo, de mais de dois anos com inúmeros testes”, explica Teixeira.

A empresa tem, todavia, condição até de verticalizar a produção de alguns itens.

Nova retomada

A Globe está discutindo voltar a fabricar antibióticos e oncológicos em um movimento que aconteceu após a pandemia, com o aumento da procura por medicamentos no mercado doméstico em decorrência da Covid-19.

Para 2020, a empresa projeta faturamento 40% superior ao ano passado, em parte devido às encomendas governamentais, que foram mantidas mesmo na pandemia. 

Foto: Divulgação Globe Química

Fonte: Exame

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