Mais de 90 milhões de casos de insuficiência renal são registrados no Brasil, em 2023

Especialista do Instituto RIM de Rondônia ressalta importância da conscientização dos sintomas das doenças renais

Com a chegada do Dia Mundial do Rim, nesta quinta-feira, 14 de março, toda a atenção se volta para a importância da saúde renal e os desafios enfrentados por milhões de pessoas em todo o mundo por causa das doenças renais.

De acordo com dados do Ministério da Saúde, em 2023 foram registrados cerca de 90 milhões de casos de insuficiência renal em atendimentos ambulatoriais no Sistema Único de Saúde (SUS). No mesmo levantamento, foram contabilizados 17.430 milhões de atendimentos para tratamento com nefrologistas na rede pública, representando um aumento de 4,40% em relação a 2022, quando ocorreram 16.695 milhões de registros. 

Os rins, responsáveis por filtrar resíduos e toxinas do sangue, regular os níveis de eletrólitos e manter o equilíbrio hídrico, desempenham um papel vital em nosso corpo. As doenças renais constituem um problema de saúde significativo, podendo afetar pessoas de todas as idades.

Entre as principais doenças renais, destacam-se o cálculo renal, que ocorre quando cristais se formam nos rins devido, principalmente, à falta de água no corpo. Outro problema é a doença policística renal, que é uma doença genética em que surgem muitos cistos nos rins, que acabam por ocupar todo o órgão, prejudicando seu funcionamento.

Os rins podem sofrer agravos muito intensos em decorrência de situações como desidratação profunda, infecções graves, grandes cirurgias, infarto agudo do miocárdio, perdendo a capacidade de funcionar adequadamente de forma transitória ou permanente. Aos primeiros 3 meses desta perda de capacidade de função dá-se o nome de lesão renal aguda (IRA). Se não houver melhora ou se o agravo ocorre lentamente, ao longo de meses a anos, fazendo com que os rins não funcionem adequadamente, teremos o diagnóstico de doença renal crônica, que se divide em 5 estágios, de acordo com a sua gravidade.

Segundo a especialista em nefrologia e coordenadora do Instituto RIM de Rondônia da Santa Casa de Chavantes, Dra. Mariana Menegusso Nogueira, entre os principais sinais de alerta de problemas nos rins estão inchaço nas pernas ou no rosto, cólica renal, infecção urinária (caracterizada por ardor ao urinar), dor lombar acompanhada de febre, urina com odor desagradável ou turva, dificuldade ou vontade frequente de urinar, presença de sangue na urina e fraqueza ou palidez inexplicada na pele, que não pode ser atribuída a outras causas. Pessoas com hipertensão e diabetes estão entre os principais fatores de risco da doença renal crônica.

“A prevenção é fundamental quando se trata de saúde renal. É importante manter um estilo de vida saudável, incluindo uma dieta equilibrada, hidratação adequada e evitar o uso excessivo de medicamentos sem prescrição médica. Além disso, é crucial realizar o exame de dosagem da creatinina, que tem como objetivo de avaliar a função e performance dos rins, visto que nem sempre as doenças renais apresentam sintomas. Busque assistência médica em qualquer sinal de alerta”, orienta a especialista.

O tratamento das doenças renais pode variar dependendo da condição específica e da gravidade. Em casos menos graves, mudanças no estilo de vida e medicamentos podem ser suficientes para controlar a doença. No entanto, em casos mais avançados, pode ser necessário recorrer a terapias mais intensivas, incluindo diálise ou transplante renal.

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Fonte e Foto: Instituto RIM de Rondônia

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