Micose: Prevenção da cabeça aos pés

Saiba como evitar a micose, que pode surgir em diferentes partes do corpo, na época mais quente do ano

Da cabeça aos pés, as micoses podem se manifestar de várias formas e ainda com mais intensidade no verão. São infecções causadas por fungos, que podem estar presentes no ambiente, no próprio corpo humano ou nos animais. Calor e umidade favorecem a proliferação desses microrganismos e, por isso, as queixas aumentam nesse período.

No couro cabeludo, por exemplo, surgem placas de alopecia com descamação e que causam coceira, segundo a médica dermatologista associada à Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), Dra. Fernanda Wroblevski.

No corpo e região inguinal, podem aparecer placas avermelhadas com borda bem desenhada e que causam coceira. Há também a popular micose de praia ou pano branco, que são manchas brancas e descamativas que, em geral, surgem na parte superior dos braços, tronco, pescoço e rosto.

Já nos pés, a micose pode se manifestar de diferentes maneiras: o intertrigo, a famosa frieira, que é uma maceração com descamação entre os dedos; ou uma descamação difusa ao redor e na planta dos pés, às vezes, com bolinhas que coçam. Por fim, a micose nas unhas, que pode deixar a unha toda branca, descolada e/ou amarelada.

Um dos principais cuidados para prevenção à micose na época de calor é manter a pele sempre seca e bem ventilada, especialmente nas dobras, como axilas, virilhas e dedos dos pés.

“Devem-se evitar roupas que abafem a região ou que dificultem a transpiração. Sempre que houver episódios mais intensos de suor, como após atividade física ou ao longo do dia, é importante fazer a higiene pessoal, trocar e higienizar também roupas e calçados”, orienta a Dra. Fernanda.

A SBD recomenda, ainda, outros hábitos simples que ajudam na prevenção desse problema: evitar andar descalço em locais úmidos, como vestiários e saunas, e não compartilhar toalhas.

Em relação ao tratamento, os cremes costumam ser a melhor alternativa, segundo a Dra. Fernanda. Caso o paciente não tenha uma boa resposta com esse tipo de medicamento, a segunda opção é por via oral, com antifúngicos.

“É importante sempre uma avaliação do dermatologista para que possa fazer um diagnóstico adequado antes de iniciar o tratamento. Não recomendamos a automedicação”, afirma a especialista.

O tempo de tratamento é outro ponto que requer atenção. “Muitas vezes, os pacientes usam o creme por um curto período, têm uma melhora e suspendem o uso do medicamento. Em geral, precisamos de quatro a seis semanas de tratamento para uma melhora completa da micose, mesmo se a lesão já houver desaparecido antes desse período, para evitar episódios de recorrência”, finaliza a Dra. Fernanda.

Fonte: Guia da Farmácia
Foto: Shutterstock

Fidelização Inteligente

Edição 372 - 2023-11-08 Fidelização Inteligente

Essa matéria faz parte da Edição 372 da Revista Guia da Farmácia.