Novo Apple Watch traz funções para saúde e controle da Covid-19

O aparelho também detecta sons para auxiliar na lavagem de mãos por 20 segundos, tempo recomendado de higienização contra o coronavírus

Pela primeira vez desde 2012, o evento anual da Apple em setembro não teve plateia e lançamento de iPhone, seu produto mais lucrativo. Em conferência virtual nesta terça (15), Tim Cook, presidente-executivo da companhia, apresentou o Apple Watch Series 6, além de uma versão de entrada do relógio inteligente, novos iPads e combos de assinatura de serviços, da sede de Cupertino, na Califórnia.

Com destaque para um medidor de oxigênio no sangue, o dispositivo custará a partir de R$ 5.300 no Brasil. O produto estará disponível para venda neste semestre.

Responsável por 50% da receita anual, o smartphone será apresentado no próximo mês devido à interrupção na cadeia de suprimento do produto, impactada pela crise de coronavírus que atrasou nas peças com origem na China.

No evento da tarde desta terça, que foi transmitido pela internet e mostrou porta-vozes em diferentes locais de Cupertino, com transições feitas por drone, a empresa mais valiosa do mundo apresentou a nova versão de seu relógio inteligente com avanço de funções de saúde. O apelo para cuidados pessoais durante a pandemia foi destacado durante a apresentação de produtos.

Entre os novos recurso está o oxímetro, que verifica a presença de oxigênio no sangue por meio de uma luz infravermelha. Ela dialoga com um algoritmo de tecnologia avançada e realiza a medição em 15 segundos.

Novo Apple Watch no auxílio da saúde

O dispositivo custa US$ 399 (o equivalente a R$ 2.100) nos EUA. No Brasil, o preço inicial de R$ 5.300 na configuração mais simples, de alumínio e com pulseira esportiva. Há versões de titânio e aço inoxidável, que vão de R$ 8.500 a R$ 10.000.

O aparelho também detecta sons para auxiliar na lavagem de mãos por 20 segundos, tempo recomendado de higienização contra o coronavírus.

Outros recursos inerentes a um relógio inteligente, como conexão com dispositivos de internet das coisas, que permite, por exemplo, acender a luz e ligar um som externo, foram aperfeiçoados, assim como o monitoramento de exercícios, batimentos cardíacos e streaming de música.

Além disso, a empresa também lançou uma versão mais barata do relógio, o Apple Watch SE, com chip da geração passada e GPS, que custa R$ 3.800, sem o oxímetro. Já o S3, produto anterior, teve o preço reduzido a R$ 2.600.

Ao anunciar os iPads, a companhia alfinetou concorrentes, dizendo que a máquina é mais rápida do que o rival do Windows, bem como seis vezes mais veloz que um Chromebook, da Samsung. O tablet de 8ª geração sai por R$ 4.000. Já o iPad Air, em várias cores claras, sai a partir de R$ 7.000.

Dez anos após o lançamento do primeiro iPad, Cook afirmou que a empresa vendeu mais de 500 milhões dispositivos do tipo no mundo. Dos atuais consumidores, 53% estão adquirindo o produto pela primeira vez. “Foi eleito o produto número 1 de satisfação por dez anos seguidos”, disse.

Planos de assinatura

Além disso, a Apple também anunciou planos de assinatura com diferentes serviços que vem desenvolvendo nos últimos anos. O Apple Fitness+, que oferece vídeos para atividade física e ferramentas para acompanhamento, custará US$ 10 por mês. Não estará disponível no Brasil.

Já um combo de iCloud, o serviço da nuvem, Apple Music, Apple TV+ e Arcade sai US$ 14,95. No Brasil, o plano individual é R$ 26,50 e o família, R$ 37,90. Após o evento, o Spotify, de streaming de música, criticou a Apple, alegando que a nova oferta de pacote de assinatura da empresa abusa da sua posição dominante no mercado ao favorecer seu próprio serviço Apple Music.

Tanto Spotify quanto a Apple cobram US$ 10 por mês pelo serviço de streaming de música, mas o pacote Apple One o agrega a outros serviços, como televisão e videogame, por US$ 15 por mês.

“Pedimos às autoridades de concorrência que ajam com urgência para restringir o comportamento anticompetitivo da Apple”, afirmou. As ações terminaram o pregão com leve alta de 0,16%, a US$ 115,54 (R$ 611).

Apple e Eli Lilly usam iPhone e Apple Watch para identificar sinais de Alzheimer e demência

Foto: Shutterstock

Fonte: Folha de São Paulo

Deixe um comentário